De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, até agosto deste ano, quase 260 mil trabalhadores foram contratados.
Em Fortaleza, construtoras fazem a Feira do Emprego. Com o setor aquecido, falta mão de obra.
As empresas é que vão em busca de trabalhadores. E preenchem fichas em sistema de mutirão.
“A gente faz de tudo: a gente enche os carrinhos de tijolo, brita, piso, essas coisas”, conta Maria Queiroz, desempregada.
Percorrer o país com uma feira de empregos foi uma necessidade do setor da construção civil. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, até agosto deste ano, quase 260 mil trabalhadores foram contratados. Mas, no Ceará, por exemplo, sobram duas mil vagas.
Entre as empresas da área e os candidatos ao emprego a principal barreira é a falta de qualificação. Hoje as construções têm um processo industrial com equipamentos sofisticados, materiais pré-moldados que requerem especialização dos profissionais. E o nível de exigência das construtoras aumentou.
Nem os 20 anos de experiência são garantia de emprego para Seu José. Ele estudou até a quarta série.
“Atrapalha porque você tem que ter o segundo grau, do segundo grau pra frente”, diz José Ribeiro, encarregado de obras.
“O perfil mudou: hoje as construtoras estão solicitando pessoas com perfis mais adequados a trabalhar com essas inovações tecnológicas”, conta Sebastião Feitosa, gerente do Senai.
Foi o que levou Seu Ivaldo a se capacitar em diferentes áreas para construir uma carreira no setor.
“Tenho ensino médio, tenho curso de brigada, hidrosanitário, elétrica. Com toda certeza eu vou sair daqui cheio de esperança”, diz o instalador.