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Equipe econômica projetava um resultado negativo da ordem de R$ 62,2 bilhões

A avaliação do órgão é que o resultado foi menos negativo do que o apontado pela mediana de projeções da Fazenda, que estimava um deficit de R$ 62,2 bilhões – (crédito: Diogo Zacarias/MF)

O governo central voltou a fechar as contas no vermelho no último mês de maio. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o deficit primário foi de R$ 40,6 bilhões, de acordo com dados publicados nesta quinta-feira (26/6) pelo Tesouro Nacional. A avaliação do órgão é que o resultado foi menos negativo do que o apontado pela mediana de projeções do Ministério da Fazenda, que estimava um deficit de R$ 62,2 bilhões.

Considerando apenas o Tesouro Nacional e o Banco Central, o resultado do mês de maio foi superavitário em R$ 15,5 bilhões. Por outro lado, a Previdência Social (RGPS) respondeu por um deficit de R$ 56,2 bilhões no mesmo período. Na comparação com o mês de maio do ano passado, a receita líquida apresentou um crescimento de 2,8% (R$ 4,9 bilhões), enquanto as despesas totais tiveram queda de 7,6% (R$ 18,1 bilhões).

As receitas administradas pela Receita Federal tiveram um crescimento de 7,2%, ou R$ 9,6 bilhões, na comparação com maio de 2024, com destaque para o aumento de 25% da arrecadação do Imposto de Importação (II), que passou a incidir em 20% sobre mercadorias de até US$ 50, além do avanço de 9% nas receitas obtidas pelo Imposto de Renda (IR). Já a arrecadação líquida com a Previdência Social apresentou um crescimento real de 8,1%, ou R$ 4,2 bilhões, em termos nominais.

No caso das receitas não administradas, houve uma redução real de R$ 3,4 bilhões, ou 9,4%, no comparativo mensal interanual, com destaque para a queda de R$ 9 bilhões do grupo de dividendos e participações que ocorreu, principalmente, devido ao recrudescimento de R$ 4,3 bilhões nos recebimentos da Petrobras e de R$ 4,1 bilhões do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Pelo lado das despesas, houve uma redução real no mês de maio das despesas do Poder Executivo Sujeitas à Programação Financeira, em R$ 12 bilhões; de créditos extraordinários, em R$ 6,6 bilhões; e de benefícios previdenciários, em R$ 3,9 bilhões. No caso dos créditos extraordinários, houve uma queda forte de 94,9%, em virtude do aumento exponencial nessa mesma épica do ano passado, por conta da calamidade no Rio Grande do Sul, que ocorreu em maio de 2024.

Apesar do deficit em maio, o governo central atingiu um superavit primário de R$ 32,2 bilhões no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, ante um resultado negativo de R$ 28,7 bilhões no mesmo período de 2024, em valores nominais.

De acordo com o Tesouro, o resultado acumulado deste ano decorre de um superavit de R$ 186,5 bilhões nas contas do Tesouro Nacional e do Banco Central, e de um deficit de R$ 154,3 bilhões pelo lado da previdência. Em termos reais, a receita líquida registrou um aumento de 3,3%, ou R$ 31,2 bilhões, no resultado até maio, enquanto a despesa observou regrediu 3,3%, ou R$ 32,1 bilhões.

CORREIO BRAZILIENSE

https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2025/06/7184787-contas-publicas-tem-deficit-de-rs-406-bi-em-junho-e-superavit-nos-ultimos-12-meses.html