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O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) se reúne nesta terça-feira (4) para discutir a trajetória da taxa básica de juros (Selic). A expectativa do mercado é de que os juros permaneçam em 15% ao ano, mantendo-se no maior patamar desde agosto de 2006. O veredito será divulgado amanhã (5), após o fechamento da Bolsa brasileira (B3), por volta das 18h30.

No primeiro dia, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, e os oito diretores do colegiado apresentam análises sobre o cenário econômico e o comportamento do mercado financeiro.

O segundo dia é reservado às projeções macroeconômicas e à decisão final sobre a Selic.

Segundo a mediana das expectativas de analistas do Boletim Focus do Banco Central, a taxa deve permanecer em 15% ao ano. Se a projeção for concretizada, será a terceira vez consecutiva que isso acontece.

O patamar de 15% da taxa Selic foi atingido em junho, após seis aumentos seguidos, em resposta à inflação persistente.

Na última ata, Copom indica juros altos em “período bastante prolongado”

Na última ata do Copom, os diretores indicaram que os juros altos devem se manter por “período bastante prolongado”, sem descartar novos ajustes caso a inflação ultrapasse o centro da meta.

“Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”, dia trecho do documento.

A decisão desta semana será a penúltima de 2025. A próxima definição está marcada para 10 de dezembro, quando parte dos agentes do mercado financeiro projeta uma redução tímida, de 0,25 ponto percentual, levando a Selic para 14,75% ao ano. Porém, a maioria acredita que o ciclo de baixa da Selic começará somente em 2026.

A taxa básica de juros é o principal instrumento da política monetária para conter a inflação. Quando a Selic sobe, os investimentos se tornam mais atrativos e o consumo desacelera, ajudando a reduzir os preços. Em contrapartida, cortes na taxa estimulam o consumo, pressionando a inflação.

Inflação desacelera e aumenta expectativa de cortes

A prévia do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de outubro registrou alta de 0,18%, abaixo das projeções, reduzindo o índice acumulado em 12 meses de 5,32% para 4,94%. Apesar da queda, os analistas mantêm atenção, já que a meta oficial de inflação é de 3%, com faixa de tolerância entre 1,5% e 4,5%.

Os diretores do BC apontam que a inflação se mantém “resiliente”, influenciada pelo mercado de trabalho aquecido, que atingiu a menor taxa de desemprego da história (5,6% no trimestre encerrado em setembro).

Além disso, o Copom monitora os efeitos do aumento das tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros e o impacto do crédito na economia.

ICL NOTÍCIAS

https://iclnoticias.com.br/economia/copom-deve-manter-taxa-selic-2/