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Construtoras expostas ao programa do governo “Minha Casa, Minha Vida” devem ser beneficiadas pela decisão do STF

Por Felipe Laurence e Cristiana Euclydes, Valor — São Paulo

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem que o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve ter correção que garanta, no mínimo, a reposição da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para os especialistas do mercado, a decisão deve beneficiar as construtoras de baixa renda e as expostas ao programa do governo “Minha Casa, Minha Vida”. Confira:

A decisão do STF é positiva para as construtoras ligadas ao setor de baixa renda, diz o Bradesco BBI. Os analistas escrevem que a melhor decisão possível seria não realizar nenhuma mudança, mas a decisão final acabou sendo positiva sobre o que vinha sendo discutido e os votos iniciais da corte.

“A correção pelo IPCA adiciona uma diferença sobre os ativos do FGTS que não é o ideal, mas não nos parece tão danoso, em especial considerando que essa correção só vai começar a ser aplicada nos depósitos a partir de 2026”, comenta o banco.

Mais importante, eles veem que a decisão retira um ponto de pressão importante sobre a ações do setor de construção que vinha prejudicando sua valorização mesmo com o bom momento operacional.

Goldman Sachs

Para o Goldman Sachs, a decisão pode ter impacto positivo nas empresas expostas ao programa “Minha Casa, Minha Vida”, já que a resolução encerra um processo que começou há mais de uma década, embora tenha ganhado força no ano passado, diz o Goldman Sachs.

O analista Jorel Guilloty escreve, em relatório, que a expectativa geral, segundo conversas com investidores e empresas, era por uma decisão conforme a votação inicial, que buscava colocar a taxa de juros do FGTS, principal fonte de financiamento para o Minha Casa, Minha Vida, no mesmo patamar das cadernetas de poupança, que atualmente está em 6,17% ao ano.

Segundo o analista, em maio de 2024 a inflação acumulada (IPCA) atingiu 3,9% enquanto a poupança rendeu 7,3%, mas o IPCA tem estado acima das taxas das contas de poupança em 27% do tempo desde 2000. As alterações serão aplicadas aos depósitos daqui para frente.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

VALOR INVESTE

https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2024/06/13/correcao-do-fgts-pela-inflacao-e-positivo-para-construtoras-de-baixa-renda-dizem-especialistas.ghtml