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Capital também lidera o aumento no acumulado do ano. Economista diz que falta de mão-de-obra influencia no aumento.

O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, divulgado nesta sexta-feira (7), mostrou que a Região Metropolitana de Curitiba ficou ainda mais cara no mês de setembro. A pesquisa foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice subiu 0,86%, na capital. Brasília (0,82%) e Salvador (0,72%) vieram em seguida.

Os números apontam que o aumento em setembro foi influenciado pelas altas nos preços dos alimentos, passagens aéreas e combustíveis. No acumulado do ano, Curitiba também registra a maior inflação do país, com taxa de 5,79%. A meta do governo federal é de 6,5% para 2011.

De acordo com o professor de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Luciano Nakabashi, os números além da média nacional se devem ao aquecimento da economia curitibana. Para ele, o setor da construção civil tem sido um dos principais responsáveis pelos índices de inflação. “A região de Curitiba tem muitas indústrias e acaba chamando muita gente de fora para cá. Isso aumenta a demanda por moradia e aquece o setor”, diz.

O professor diz que ainda há muito espaço físico para a cidade crescer, o que poderia diminuir um pouco os preços dos imóveis na região daqui a algum tempo. “Há várias regiões que podem se desenvolver bem mais na cidade. Não somos como Brasília, que tem imóveis muito caros porque não há mais para onde crescer”, avalia. Ele não acredita que a cidade cresça tanto a ponto de ficar saturada como Porto Alegre ou Belo Horizonte, por exemplo.

Nakabashi avalia ainda que falta mão-de-obra na cidade e isso faz com que os salários também aumentem na região. “Com os salários mais altos, aumenta a demanda por produtos e serviços e com mais demanda os preços sobem”, diz. Ele acredita que isso é comum às grandes cidades e que, em longo prazo, a situação deva se estabilizar.