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Um dia depois de José Serra (PSDB) ser atingido por uma bolinha de papel durante confronto com militantes petistas no Rio de Janeiro, a candidata do PT, Dilma Rousseff, foi o alvo da vez da agressividade nesta reta final do segundo turno da campanha presidencial. Em passagem por Curitiba e Pinhais, ontem, Dilma escapou por pouco de ser atingida por balões cheios d’água e uma bandeira, arremesados por desconhecidos. Apesar do susto, a petista saiu ilesa dos dois episódios.

A primeira visita de Dilma ao Estado neste segundo turno começou com uma concentração em frente à sede da Universidade Federal do Paraná na Praça Santos Andrade, centro da Capital. Em seguida, ela foi conduzida em meio a militantes e eleitores até um carro aberto, que partiu em carreata pelo calçadão da rua XV de Novembro, ao lado dos senadores eleitos, Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT), e do senador e candidato derrotado ao governo, Osmar Dias (PDT).

E foi no curto trajeto de duas quadras da carreata, acompanhada por cerca de duas mil pessoas, que três bexigas cheias de água foram arremessadas de prédios comerciais na direção da petista, atingindo apenas militantes que a acompanhavam. Depois, durante uma carreata até a cidade de Piraquara, uma bandeira foi jogada na direção de Dilma. A candidata não foi atingida, mas o objeto passou por cima de sua cabeça. “Foi uma deselegância muito grande”, comentou o presidente estadual do PT e deputado Ênio Verri, que acompanhava o evento. Um dos atingidos pelas bexigas foi o ex-candidato a deputado federal, Ricardo Gomyde (PCdoB), que levou um banho, mas não se machucou.

Ainda na região Metropolitana de Curitiba, a petista percorreu cerca de oito quilômetros, passando também por Piraquara. De lá, seguiu para o aeroporto, onde no início da tarde embarcou para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Em Curitiba, Dilma recebeu um manifesto de apoio a sua candidatura de agentes culturais, estudantes, professores e intelectuais paranaenses. Em sua passagem pelo Paraná, a candidata petista não falou com a imprensa. Limitou-se a um breve discurso nas escadarias da UFPR, em que prometeu, se eleita, manter e ampliar os investimentos federais no Estado. “Podem ter certeza que serei uma presidenta comprometida com o desenvolvimento do Paraná”, garantiu.

Dilma disse ainda que continuará cuidando do ensino superior. “Vou garantir o desenvolvimento das universidades públicas”, acrescentou.
Antes de deixar o centro de Curitiba, Dilma saudou a militância e pediu o voto dos paranaenses. “Peço apoio, confiança e o voto no dia 31 de outubro. Tenho certeza que Curitiba vai ajudar para a construção de um Paraná melhor e para o Brasil ir mais à frente. Juntos, vamos ganhar essa eleição e vamos eleger a primeira mulher presidente do Brasil”, disse.

A nova visita de Dilma ao Paraná faz parte da estratégia do PT de tentar reverter a vantagem que José Serra teve no primeiro turno no Estado. Na votação do último dia 3, o tucano teve 43,9% dos votos válidos, ou pouco mais de 2,6 milhões de votos, contra 38,9% ou 2,3 milhões de votos da petista. A prioridade da candidata e seus aliados no Estado no segundo turno tem sido investir na Capital e principalmente, na região Metropolitana.