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O texto do novo Código Florestal aprovado na Câmara foi classificado como desastroso por ambientalistas, que prometem fazer pressão por sua modificação no Senado. Já ruralistas viram o projeto como um avanço para o agronegócio no país.

– De um ponto de vista que vai além dos ambientalistas, temos de ter claro que virão novas batalhas – disse o físico e consultor Roberto Kishinami, assessor do PV na última eleição presidencial.

O advogado Raul Silva Telles, coordenador-adjunto do Programa de Política e Direito do Instituto Sócio-Ambiental (ISA), criticou:

– O problema não é só a anistia a infratores, o que já seria por si só absurdo. O Código acaba com as áreas de preservação. Não haverá mais proteção em beira de rios, nascentes e encostas dos morros.

No Pantanal, o novo Código poderá trazer graves consequências, diz o diretor-executivo do grupo Ecologia e Ação (Ecoa), do Mato Grosso do Sul, o biólogo Alcides Faria. Para Sérgio Guimarães, do Instituto Centro de Vida (ICV), a aprovação mostra que os ruralistas estão de olho na demanda mundial por alimentos sem considerar os riscos ambientais.

Já o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, disse que a “vitória esmagadora” na Câmara torna difícil qualquer mudança significativa no texto:

– O resultado foi um sinal de que a sociedade apoia o agronegócio. Ganhou a democracia, especialmente pelo fato de que foi uma votação apartidária. Os deputados decidiram de maneira técnica, independentemente de ser governo ou oposição.

O coordenador do Fórum de Meio Ambiente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Silvio Krinski, disse que a proposta é o início de um pacto entre ambientalistas e produtores:

– O que foi feito foi dar a bênção para a criança, para que agora ela cresça e amadureça.

Fonte: O Globo