A taxa de desocupação no Brasil atingiu novamente o menor nível da série histórica no terceiro trimestre de 2025, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Nesse período, o indicador chegou a 5,6% e regrediu em 2 das 27 unidades da Federação (UFs) ante o trimestre anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (14/11). Nos outros estados e no Distrito Federal, a taxa permaneceu estável.
De acordo com a pesquisa, os estados de Pernambuco (10,0%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%) registraram o maior nível de desocupação, enquanto Santa Catarina (2,3%), Mato Grosso (2,3%), Rondônia (2,6%) e Espírito Santo (2,6%) detiveram as menores. A taxa entre os homens foi de 4,5% no trimestre e entre as mulheres, 6,9%. Na separação por cor ou raça, a taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (4,4%) e acima para pretos (6,9%) e pardos (6,3%).
Entre as pessoas com ensino médio incompleto, a taxa chegou a 9,8% e foi a maior entre todos os demais níveis de instrução analisados pela pesquisa. Já para os brasileiros com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,8%, o que representa quase o dobro da registrada para o nível superior completo, que foi de 3,0%.
A taxa composta de subutilização no terceiro trimestre de 2025 foi de 13,9%. Esse indicador representa o nível de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada. A maior taxa foi registrada no Piauí (29,1%), com Sergipe (26,5%) e Bahia (26,2%) aparecendo na sequência. Já as menores taxas foram de Santa Catarina (4,4%), Mato Grosso (6,0%) e Espírito Santo (6,1%).
Em busca de emprego
Ainda no mesmo período, 1,2 milhão de brasileiros estavam em busca de trabalho durante dois anos ou mais, o que representa o menor contingente da série para um terceiro trimestre desde 2014. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 17,8% neste indicador.
Já o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 74,4% nesse trimestre. Os estados que tiveram os maiores percentuais de empregados com carteira foram Santa Catarina (88,0%), São Paulo (82,8%) e Rio Grande do Sul (82,0%); e os menores, no Maranhão (51,9%), Piauí (52,4%) e Paraíba (55,3%).
O Distrito Federal foi a UF com o menor percentual de pessoas trabalhando por conta própria entre a população ocupada no país, com 17,5%, ficando atrás de Acre (19,3%) e Goiás (21,5%). Já as maiores taxas foram registradas no Maranhão (33,1%), no Pará (29,9%) e no Amapá (29,1%). Em todo o Brasil, a taxa de informalidade foi de 37,8% da população ocupada.
O IBGE ainda divulgou o resultado do rendimento real mensal habitual, que chegou a R$ 3.507 no terceiro trimestre, e superou o nível observado no mesmo período do ano anterior (R$ 3.373). Na mesma comparação, o indicador cresceu no Nordeste, Sul e Centro-Oeste.
CORREIO BRAZILIENSE
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