Setores industriais consultados pela FOLHA que a partir de junho começam a ter o benefício da desoneração na folha de pagamento ficaram satisfeitos com o pacote de medidas governamentais.
O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Paulo Buroti, disse através da assessoria de imprensa, que ”apoia qualquer ação governamental que valorize a indústria e amenize os efeitos de políticas econômicas que tiram nossa competitividade de um dia para outro, sem que possamos reagir. Temos vocação para produzir e queremos continuar vivos”.
Já o presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), Nelson Poliseli, comentou que as ações vão favorecer principalmente as indústrias de estofados. ”O custo de mão de obra representa por volta de 12% neste setor. Já para as que fabricam outro tipo de móveis, que possuem mais maquinário, a diferença não vai ser tão grande”, completou.
A presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Norte do Paraná (Simplas) e presidente da Rebouças Indústria de Plástico, Sueli de Souza Baptisaco, comentou que ainda não havia conseguido estudar o pacote com profundidade, mas o avaliou como positivo. ”Desonerar a folha de pagamento é importante, mas ainda é muito tímido. O governo tem que tomar outras medidas, principalmente em relação aos importados. Está realmente complicado competir com os produtos chineses”, opinou.
Sueli salientou ainda que com outras decisões simples, como diminuir a tarifa de energia elétrica em horários de pico, é possível melhorar a competitividade da indústria. ”No nosso caso, por exemplo, que trabalha com regime 24 horas, é preciso parar as máquinas em certos horários porque realmente não compensa”, complementou ela. (V.L.)
