NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

Este Sábado é 15 de outubro, dia de saudar alguns dos profissionais mais importantes da nossa sociedade: os professores e professoras. No entanto, estes que dedicam as suas vidas ao desenvolvimento humano não tem muito o que comemorar.

No Paraná, se por um lado os professores do ensino fundamental e médio tiveram recente aumento de 5,91%, este aumento veio acompanhado de um processo de precarização: as escolas estão obrigadas a fazer a junção de turmas, e transformar salas de aula de 25 estudantes em salas de 40 alunos. Se do ponto de vista econômico isto pode significar uma diminuição de gastos, é algo muito prejudicial na qualidade educacional. Ruim para os estudantes, que não tem como receber atenção com tantos colegas, ruim para o professor que não consegue dar uma boa aula, pois precisa corrigir mais provas, mais trabalhos, fica mais estressado e dedica menos tempo à sua família e à sua vida em geral.

Outra questão que prejudica este trabalho é o pouco tempo que os professores tem para preparar suas aulas e assim, são muitas vezes obrigados a tornar seu trabalho repetitivo – o que gera frustração.

 

No entanto, ainda há esperança. A Lei 11.738 de 2008 que estabelece o piso salarial nacional do magistério reconhece que pelo menos um terço da jornada deve ser utilizado em hora-atividade, ou seja, em preparo de aula. Esta Lei é uma grande vitória não só dos professores, mas da luta dos trabalhadores, e correu o risco de cair por terra, pois os governadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará pediram que ela fosse declarada inconstitucional. Felizmente, o STF declarou que ela é valida e com isso os professores têm garantido além do período em atividade, um piso mínimo de R$ 1.187,10 para o ano de 2011.

Para garantir a valorização profissional é fundamental termos um maior investimento por parte do Estado na educação pública. Se o Brasil teve um forte crescimento econômico e ocupa hoje o 7º lugar entre as maiores economias do mundo, estamos apenas no 93º lugar no ranking de educação da ONU. Temos que atingir a meta de 10% do PIB investido na educação pública, muito superior à atual média de 4,2% ao ano.

Se quisermos um Brasil bem desenvolvido e que pense para o futuro, precisamos investir na educação pública e de qualidade, que se volte para a sociedade a valorize os profissionais da educação e estudantes.