Por Nathália Larghi, Valor Investe — São Paulo
A quarta-feira (17) é cheia de divulgações importantes no Brasil e no exterior. Por aqui, há o indicador de atividade IBC-Br, mais conhecido como “prévia do PIB”. Já nos Estados Unidos, há a divulgação do famoso “Livro Bege”, documento que é uma espécie de resumo das condições econômicas atuais do país. Os investidores ainda repercutem a inflação da zona do euro, que mostrou uma desaceleração em março e pode trazer bom humor para a bolsa. Na agenda corporativa, o mercado deve repercutir hoje os dados de produção da Vale, que mostraram um aumento na comparação anual. Por fim, o mercado ainda monitora falas de banqueiros centrais presentes nas reuniões do FMI e do Banco Mundial.
O dia começou com o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro. O indicador mostrou uma desaceleração para 2,4% em março, em linha com o que o mercado esperava. Apesar de não ser uma surpresa, o número não deixa de ser positivo. Apesar de ainda estar distante da meta perseguida pelo Banco Central Europeu, que é de 2% ao ano, a inflação vem dando sinais de arrefecimento, o que pode significar um corte nos juros europeus em breve.
Outro indicador que o mercado monitora nesta quarta-feira é o IBC-Br, conhecido como “prévia do PIB”. Segundo a mediana das projeções das instituições ouvidas pelo Valor Data, o indicador deve mostrar alta de 0,4% em fevereiro. O indicador será conhecido às 9h desta quarta-feira.
Os investidores buscam nele pistas sobre o quão forte está a economia local e qual impacto isso pode ter na inflação e, consequentemente, nos juros e na bolsa.
Nos Estados Unidos, além da temporada de balanços, o que ganha os holofotes é o famoso “Livro Bege”. Para quem não sabe, o documento traz um resumo das condições econômicas do país e, por isso, é monitorado com atenção pelo mercado. Ele serve como base para as discussões do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) nas próximas reunião sobre a política monetária. Portanto, seus dados devem ajudar os investidores a preverem o futuro dos juros por lá.
Caso mostre que a atividade americana segue pujante, os investidores podem entender que as pressões inflacionárias seguem elevadas e, portanto, um corte nos juros fica ainda mais distante.
Nesta quarta-feira, o mercado ainda monitora as reuniões entre o FMI e o Banco Mundial, que conta com a presença de banqueiros centrais e ministros do mundo todo. Portanto, as falas dos participantes devem atrair atenção.
Por fim, na agenda corporativa, hoje o mercado deve repercutir o relatório de produção divulgado pela Vale ontem (16) após o fim do pregão. A empresa informou que a produção de minério de ferro teve um aumento de 6,1% no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado. A produção de cobre registrou aumento de 22,2% e a de níquel teve queda de 3,7% na mesma base de comparação. Os números foram bem recebidos pelo mercado e devem ajudar a fazer preço no pregão desta quarta.
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