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“Considerando o efeito dos primeiros dias de campanha na TV entre os eleitores que viram os programas, é razoável supor que Dilma tem potencial de crescimento entre os que ainda não viram”, afirma Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. A propaganda eleitoral começou na última terça-feira (17) e vai até o dia 30 de setembro

A parcela da população que ainda não assistiu aos programas eleitorais na TV representa 66% do eleitorado e é formada, sobretudo pelos menos escolarizados e mais pobres – segmentos em que a candidata Dilma Rousseff se sai melhor.

 

Segundo pesquisa Datafolha realizada, na última sexta-feira (20), a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando tem vantagem ainda maior, de 24 pontos, sobre Serra entre os 34% dos eleitores que viram a propaganda eleitoral gratuita.

Essa diferença mostra a consolidação do potencial de transferência de Lula para sua candidata, com a associação direta entre os dois feita pela propaganda eleitoral.

“Considerando o efeito dos primeiros dias de campanha na TV entre os eleitores que viram os programas, é razoável supor que Dilma tem potencial de crescimento entre os que ainda não viram”, afirma Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

Propaganda na TV
No cenário global, Dilma tem 47% das intenções de voto, contra 30% de Serra e 9% de Marina Silva (PV), resultado que daria à petista vitória no primeiro turno se as eleições fossem hoje – a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Entre os que declararam ter visto ao menos uma vez a propaganda na TV, Dilma sobe para 53%, enquanto Serra tem 29% e Marina Silva, 11%.

Entre os 66% que não viram os programas na TV, a diferença entre Dilma e Serra é de 13 pontos: 44% a 31%, respectivamente.

A menor audiência da propaganda eleitoral na televisão se deu entre os que têm apenas ensino fundamental. Nesse grupo, 28% viram os programas, contra 37% dos que têm ensino médio e 45% dos mais escolarizados.

Os menos escolarizados são metade dos eleitores que não assistiram à propaganda. Nesse segmento Dilma teve seu melhor desempenho, aumentando uma diferença de 5 pontos na pesquisa anterior para 19 agora.

No corte por renda, o cenário também é favorável a Dilma. Os mais pobres são 51% dos eleitores que ainda não viram os programas eleitorais na TV. Nessa fatia do eleitorado, a petista tem 20 pontos de vantagem.

Entre os que têm renda familiar mensal de até dois salários mínimos, 30% viram a propaganda, percentual que sobe entre os que ganham mais de dois a cinco mínimos (35%), mais de cinco a dez (46%) e mais de dez (45%)