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Antônio Augusto de Queiroz, do Diap, disse que PT e PMDB terão as duas maiores bancadas na Câmara, com aproximadamente 100 deputados cada um. Para ele, o PT deve “ultrapassar” o PMDB como maior bancada na Câmara. No Senado Federal, a base da presidenciável petista Dilma Rousseff seria de 63% se a eleição fosse hoje, apontam pesquisas 

Na hipótese de ser eleita presidente, a base de sustentação de Dilma Rousseff (PT) na Câmara de Deputados não só seria de ampla maioria como similar à conquistada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mostram projeções de escritórios de consultoria política e parlamentar.

 

José Serra (PSDB), segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, teria bancada bem menor à da petista se viesse a vencer as eleições. Nesse caso, precisaria atrair partidos da coligação de Dilma para conseguir apoio suficiente para aprovar qualquer emenda constitucional.

Embora não existam pesquisas de intenção de voto que permitam fazer previsões com precisão maior, a exemplo do que existe para o Senado, analistas ouvidos pela Reuters disseram que Dilma poderia ter em torno de 360 a 370 cadeiras. Isso se PP, PTB e PV -que estão fora da coligação da petista mas fazem parte da base de Lula- decidissem apoiar seu eventual governo.

A coligação de Dilma é formada por, além do PT da candidata, PMDB, PRB, PDT, PTN, PSC, PR, PTC, PSB e PCdoB. Já Serra tem consigo, além do próprio PSDB: DEM, PPS, PTB, PMN e PTdoB.

Na avaliação da Arko Advice, a alta popularidade do governo Lula deve beneficiar as legendas que compõem hoje a base da presidenciável em detrimento da oposição, que deve ficar prejudicada, encolhendo de tamanho.

“A base de Dilma, caso eleita, será muito similar à de Lula”, concluiu a Arko Advice em recente relatório.

A Santafé Ideias vai na mesma linha. “Não há dúvidas de que a base de sustentação do atual governo se manterá para um provável governo Dilma”, disse à Reuters Carlos Lopes, analista político dessa consultora.

A Tendências Consultoria Integrada também projeta uma base confortável para Dilma, em torno das 360 cadeiras. O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) também estima para a petista uma base de sustentação no mesmo patamar.

Apesar dos prognósticos ruins para os partidos da coligação de Serra, a situação não seria tão complicada para ele caso vença a disputa presidencial.

Para a Arko Advice, nesse caso, sua base na Câmara poderia ter mais de 300 deputados, caso o tucano viesse a ter apoio de boa parte dos partidos que integram a atual coligação de Dilma.

Maior bancada
Embora o cenário na Câmara seja de fragmentação bastante elevada, segundo Rafael Cortez, analista político da Tendências, o título de maior bancada deve ficar novamente entre PMDB e PT. Desta vez, porém, os analistas estão divididos sobre quem será o primeiro.

Até agora, as estimativas apontam que cada um desse dois partidos devem ficar com um mínimo de 90 e um máximo de 105 deputados.

Antônio Augusto de Queiroz, do Diap, disse que PT e PMDB terão as duas maiores bancadas na Câmara, com aproximadamente 100 deputados cada um. Para ele, o PT deve “ultrapassar” o PMDB como maior bancada na Câmara.

Queiroz defende sua tese com base na simpatia gerada pelo PT, que, segundo ele, gira em torno de 25 por cento.

“Tradicionalmente, esse sentimento em relação a um partido reflete na base parlamentar da legenda. Ocorrendo isso, o PT pode ultrapassar a barreira dos 100 deputados”, acrescentou Queiroz.

Mas Lopes, da Santafé, é mais conservador. “Não acredito que cheguem a 100, embora a tendência das duas legendas seja de crescimento nestas eleições.”

O PSB pode ser um campeão de crescimento relativo. Para a Arko, os socialistas podem passar de 27 deputados para 45. Enquanto isso, o DEM pode ter uma redução drástica em sua bancada, ficando com 20 deputados a menos que os atuais 56, segundo estimativa do Diap.