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A economia brasileira encolheu 0,1% em abril ante março, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas em seu Monitor do PIB

Por Felipe Frisch, Valor — São Paulo

A economia brasileira encolheu 0,1% em abril ante março, considerando dados com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) em seu Monitor do PIB.

Na comparação interanual, a economia cresceu 5,1% em abril e 2,8% no trimestre móvel findo em abril. A taxa acumulada em 12 meses até abril foi de 2,7%.

“A economia apresentou estabilidade em abril na comparação com março. Esse resultado mostra uma perda de ritmo de crescimento da atividade após bom desempenho no início do ano. Apesar disso, na comparação com abril de 2023, o resultado é de crescimento expressivo da economia (5,1%) disseminado em diversos componentes, como os investimentos, a indústria, o consumo, as exportações e as importações. Tal comportamento indica uma perda de fôlego em comparação ao início do ano, porém ainda superior ao do mesmo período de 2023”, diz a coordenadora da pesquisa, segundo Juliana Trece, em comentário no relatório.

Segundo o FGV Ibre, o crescimento do consumo das famílias foi puxado principalmente pelo consumo de serviços e de produtos não duráveis; ambos cresceram 4,9% no trimestre móvel findo em abril.

A FGV prioriza a análise desagregada dos componentes da demanda com base na série trimestral interanual por considerar que essa apresentar menor volatilidade do que as taxas mensais e aquelas ajustadas sazonalmente, permitindo melhor compreensão da trajetória de seus componentes.

A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 4,8% no trimestre móvel findo em abril, segundo o Monitor do PIB. Todos os componentes da FBCF contribuíram positivamente para esse crescimento, com máquinas e equipamentos crescendo 5,5%, construção 3,5% e outros 7,2%.

A exportação cresceu 8,8% no trimestre móvel findo em abril, segundo a FGV, puxada principalmente pelo significativo crescimento da exportação de produtos da extrativa e de bens de consumo. O único componente que contribui negativamente para esse resultado é a exportação de bens de capital.

O crescimento de 11,6% da importação foi influenciado pelo crescimento de todos os componentes da análise da FGV.

Em valores correntes, o monitor estima que o PIB brasileiro tenha alcançado R$ 3,63 trilhões até abril. A taxa de investimento foi de 17,6%, segundo o indicador.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

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