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A Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) reduziu a previsão de efetivação de trabalhadores temporários neste fim de ano. A estimativa era que 29% dos 147 mil contratos sazonais fossem transformados em contratos por tempo indeterminado. Devido ao desaquecimento da economia e à alta nos preços dos produtos e serviços, a associação reduziu a previsão para 20%.

“Apesar da redução, quase 30 mil pessoas podem ter seus contratos transformados em efetivos, o que é bastante positivo”, ressaltou a diretora de Comunicação da Assertem, Jismália Alves. A maior parte das contratações temporárias, 70%, deverá ocorrer no comércio.

A Região Sudeste admitirá metade dos trabalhadores sazonais (51,26%), com a abertura de 75,2 mil vagas. Desses, 59,14% (44,5 mil empregados) vão trabalhar no estado de São Paulo. Os jovens entre 18 e 39 anos devem ser maioria (65%) nos postos temporários.

Ainda e acordo com os dados da Asserttem, apesar da proximidade do fim de ano, há mais de 50 mil vagas em todo o País disponíveis a quem queira trabalhar como temporário neste ano. 

Cresce rotatividade no mercado nacional

A rotatividade no mercado de trabalho brasileiro cresceu 8,7 pontos percentuais entre 2001 e 2010, de acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No ano passado, o índice de substituição de trabalhadores nas empresas brasileiras chegou a 53,8%, com 22,7 milhões de demissões. Descontando fatores alheios à vontade das empresas, como aposentadoria, morte ou demissão voluntária, a rotatividade ficou em 37,3%.

Segundo o Dieese, as empresas desligam empregados para contratar substitutos com salários menores. Em 2010, a remuneração média dos demitidos era R$ 896, enquanto a dos substitutos ficou em R$ 829. 

A maioria das dispensas, no entanto, foi feita por uma pequena parte das empresas. De acordo com o estudo, 126 mil estabelecimentos (5,8% do total) foram responsáveis por 63% das demissões ocorridas em 2010 (14,4 milhões).

Os setores com maior rotatividade de mão de obra foram agricultura, com 98,3% de demissões e 74,4% por inciativa dos empregadores, e a construção civil, com 86,2% de demitidos por vontade das empresas.