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Em Brasília, marcha anticorrupção reúne 20 mil

Segunda mobilização organizada pela internet tinha bandeiras a favor da Lei da Ficha Limpa e com críticas ao Judiciário

O início do trajeto foi o Museu da República, na Esplanada dos Ministérios. Depois, os manifestantes circundaram o Congresso Nacional

Brasília – Cerca de 20 mil manifestantes participaram ontem da marcha contra a corrupção em Brasília, de acordo com estimativas da Polícia Militar. A organização do protesto foi feita através da rede social Facebook. O mesmo grupo já havia feito um protesto no feriado de 7 de Setembro, quando aproximadamente 10 mil pessoas foram à Esplanada dos Ministérios. 

Formalmente, a marcha pressiona pelo fim do voto secreto e em favor da Lei da Ficha Limpa, mas as faixas dos manifestantes mostraram desde críticas ao governo e ao Judiciário até reivindicações por melhores salários no funcionalismo público. 

Parte do grupo carregou uma pizza gigante, desenhada em um painel de 15 metros. Outros carregaram faixas com mensagens como ”País rico é país sem corrupção”, fazendo alusão ao slogan do governo Dilma Rousseff, e ”País rico é país sem miséria”. Nominalmente, os manifestantes criticaram o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o deputado cassado José Dirceu, que saiu do governo Lula após o escândalo do mensalão. Ambos foram chamados de ”ladrões” e ”corruptos”. 

Confusão em Curitiba 

Em Curitiba, um veículo avançou duas vezes, de ré, em direção aos manifestantes que protestavam contra a corrupção. Ninguém foi atingido. Cerca de 500 pessoas participavam do protesto no momento. 

O carro, dirigido por um homem que aparentava ter cerca de 25 anos, tentava escapar do bloqueio da avenida Cândido de Abreu durante o protesto. Ele avançou sobre o canteiro central e pegou a pista que estava livre, no sentido contrário, passando entre alguns manifestantes. No momento em que o carro cruzou o protesto, alguns jovens protestaram com gritos e deram tapas na carroceria. O carro acelerou e, em seguida, perseguido por cerca de 20 pessoas, parou, deu ré e avançou sobre os manifestantes, que recuaram. 

O gesto foi repetido uma outra vez, alguns segundos depois, mais à frente. Os manifestantes não conseguiram parar o carro e, depois, foram desencorajados da perseguição por algumas lideranças do protesto. A Polícia Militar não acompanhava a manifestação no momento do incidente.