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Principais candidatos já estão na rede, mas em geral não exploraram a interatividade. Especialista aposta, porém, que a disputa on-line vai ganhar força

A campanha eleitoral deste ano começou há 16 dias e já ganhou as ruas, com comícios e carreatas. Mas, no mundo virtual, ainda dá os primeiros passos. Os sites dos principais candidatos ao governo do Paraná e ao Senado estão em fase de desenvolvimento e poucas ferramentas de interatividade estão disponíveis. A utilização das redes sociais na internet, sucesso da campanha de Barack Obama à Casa Branca em 2008, ainda está longe de mobilizar o eleitor.

Dos sete candidatos que disputam a vaga no Palácio Iguaçu, dois se destacam pela presença on-line. Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT) mantêm perfis nas mais conhecidas redes sociais (Orkut e Facebook), em sites de vídeo (Youtube), sites de fotos (Flickr) e no microblog Twitter. Entre os que concorrem ao cargo de senador, Gleisi Hoffmann (PT), Gustavo Fruet (PSDB), Ricardo Barros (PP) e Roberto Requião (PMDB) são os que já marcaram terreno na internet.

Até agora, no entanto, os candidatos têm usado a internet, de um modo geral, como um “santinho virtual”. Assim como os velhos panfletos de papel, os sites estão servindo para divulgar a imagem, a biografia dos candidatos e suas promessas de campanha. A interatividade com internautas ainda se limita ao envio de mensagens do tipo “Fale Conosco”.

Apesar do começo tímido, o perito digital Wanderson Castilho diz acreditar que a campanha deste ano terá mais força na internet que em outros veículos de comunicação tradicionais. No país, há atualmente 73 milhões de internautas. E, segundo ele, informações que partirem da internet chegarão de forma direta e indireta aos eleitores. “A dona de casa que não tem computador vai ficar sabendo das notícias pelo filho que acessa a internet da lan house”, explica Castilho.

Os candidatos, no entanto, não podem se precipitar e sair usando as redes indiscriminadamente, afirma ele. O perito diz que há uma linha tênue separando a in­­­formação da “incomodação”.

A pesquisadora de redes sociais Adriana Amaral, professora da Universidade Tuiuti do Paraná, concorda que é preciso ir com calma. “Não adianta ir largando link, spam, que isso afasta o internauta”, diz ela. Para Adriana, é essencial aos candidatos ter transparência e manter o diálogo constante com os internautas. “Uma campanha por meio das redes sociais tem de ser criativa e interativa.”

Regras on-line

Neste ano, as regras eleitorais permitem que a propaganda na internet seja feita no site pessoal do candidato, do partido ou coligação, desde que os endereços eletrônicos sejam informados à Justiça Eleitoral.

Os candidatos também estão liberados para fazer propaganda por e-mails, blogs, redes sociais, sites de mensagens instantâneas. No entanto, é proibido o anonimato e o internauta tem o direito de pedir para não receber as mensagens. Em caso de descumprimento, o candidato pode ser condenado a pagar multa de R$ 100 por mensagem enviada indevidamente.