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Após dois meses de consecutivas baixas, a cesta básica de Londrina registrou aumento de 4,26% em fevereiro. O kit básico para uma pessoa custou R$ 228,25 e para uma família de quatro pessoas ficou em R$ 684,75. Os números fazem parte da pesquisa mensal coordenada pelo professor de Economia Flávio Oliveira dos Santos, com a colaboração de alunos da Faculdade Pitágoras.

Dos 13 produtos pesquisados, oito apresentaram alta e a carne foi o destaque, com acréscimo de 9,78% no comparativo com o mês anterior. Entre os nove supermercados consultados, a variação deste produto foi de 35,97%, com preços que ficaram entre R$ 13,90 e R$ 18,90 o quilo. ”Houve este acréscimo porque não encontramos promoção de carne em nenhum estabelecimento”, justifica Santos.

Ele esclarece que, em função da metodologia utilizada, a carne tem peso de 40% a 45% na cesta básica e em fevereiro atingiu o seu percentual máximo: 44,9% do kit foi impactado pelo produto. ”Ao encontrar a carne em promoção, o consumidor deve comprar uma quantidade para uma semana ou até 15 dias para aproveitar o bom preço”, orienta o professor. Outra dica é substituir a mais cara por outra mais em conta.

Também apresentaram aumento o café (8,74%), a farinha (6,47%), o óleo de soja (4,83%), o pão francês (4,05%), a banana (3,52%), o tomate (2,10%) e a batata (0,54%). Na contramão, tiveram redução o leite (-8,92%), o açúcar (-7,65%), a margarina (-7,52%), o feijão (-5,53%) e o arroz (-2,12%).

Adquirindo o produto mais barato em cada um dos pontos de venda, a cesta básica para uma pessoa sairia por R$ 188,14 e para uma família de quatro pessoas R$ 564,42. ”A economia para uma família chegaria a R$ 144,26”, calcula Santos.

Nos últimos 12 meses, a variação da cesta básica foi de 6,79%. Do dia 3 de março do ano passado para o mesma data deste ano, o kit para uma pessoa passou de R$ 213,74 para 228,25 e para uma família, de R$ 641,21 para R$ 684,75. ”Esse percentual está na média da inflação apurada pelo Governo. A estimativa é de que os preços continuem neste patamar, com tendência de alta”, prevê o professor.

Consumidor

A aposentada Marina Valente disse à FOLHA que percebeu acréscimo no preço da carne vermelha, em geral. Acostumada a fazer pesquisa de preço, ela conta que, ultimamente, tem priorizado receitas com frango e peixe. ”Como o preço do frango está melhor, geralmente faço pratos com este tipo de carne e, para não enjoar, vario as receitas”, conta.

A auxiliar administrativa Ellen Oliveira também observou que a carne ficou mais cara, ”assim como a farinha, o óleo e a grande maioria dos itens da cesta básica”. ”Os preços mais elevados impactaram no valor final da nossa compra e para não fugir do orçamento, optamos por diminuir a quantidade do que compramos”, relata.