NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

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O Paraná teve um crescimento de 5,35% no total de trabalhadores, entre 2008 e 2009, superando a média nacional, de 4,5%. Porém, os salários médios aumentaram menos que na maioria do País.

Segundo análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), feita com base na Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho, e divulgada ontem, o desempenho na geração de empregos foi o quinto melhor desde 1994, apesar dos efeitos da crise.

O Estado fechou o ano passado com 2,64 milhões de trabalhadores, quase 134 mil a mais que no ano anterior – em números absolutos, o total é o terceiro maior no intervalo analisado.

Para o Dieese, nos últimos 15 anos o crescimento nos empregos formais foi forte: em 1994, o estoque de trabalhadores no Estado era de 1,43 milhões de postos de trabalho.

A entidade, no entanto, aponta dois comportamentos distintos nesse período, com baixo crescimento até 1999 e aumentos maiores e constantes depois de 2000. A modificação foi atribuída à “mudança da política cambial tendo como conseqüência a desvalorização do real frente ao dólar e o aumento das exportações.”

Por outro lado, a análise do Dieese apontou que o salário médio dos trabalhadores, no Estado, aumentou menos que a média nacional. Aqui, o acréscimo nos vencimentos de dezembro foi de 5,7% em relação ao mesmo mês de 2008, passando de R$ 1.307,99 para R$ 1.382,05.

A porcentagem é a quinta menor entre os estados brasileiros. O aumento real, em que é descontada a inflação do período, foi de 1,6% – a média nacional ficou em 2,7%.

Com o pequeno aumento, os salários no Estado também continuaram abaixo da média nacional, que passou para R$ 1.535,74 e aumentou 6,9%. Ainda assim, o Paraná não ficou com o pior desempenho da região Sul, posição que coube ao Rio Grande do Sul (5,72%).

O maior acréscimo aconteceu em Roraima (15,7%, para R$ 1.719,08) e o pior, no Amazonas (2,1%, para R$ 1.538,54). A maior média é do Distrito Federal (R$ 3.338,84) e a menor, da Paraíba (R$ 1.091,64).

Setores

O segmento da economia paranaense que mais empregou pessoas em 2009 foi o de serviços, com 29,5% (779,5 mil postos) do total de empregos. Em seguida veio a indústria, com 23,5% (620,2 mil empregos) com destaque para o subsetor de alimentos, bebidas e álcool, que representou 7,2% das vagas. O comércio veio na terceira posição, com 20,8% (548,6 mil empregos), com destaque para o varejo (17,5%).

Já a maior variação em relação a 2008 aconteceu na construção civil, que aumentou em 15,3% seus postos de trabalho. A administração pública (12,6%), o comércio (4,5%) e os serviços (4,3%) vieram em seguida. Os piores desempenhos foram na agropecuária (1,2%) e nas indústrias extrativa mineral e de transformação (1,9%).