O setor com mais relevância na qualidade do emprego, a Indústria Geral, mostrou queda de 9,4%.
Luis Nassif
Fonte: GGN
Data original da publicação: 01/04/2022
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD-M) mostra a corrosão dos rendimentos de trabalho assalariado. A pesquisa sempre consolida os dados do trimestre anterior. No caso, a PNAD-M de fevereiro se refere ao período dez 2021-fev 2022.
As principais conclusões são as seguintes:
Queda continuada do rendimento médio
O rendimento total médio caiu 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Das 10 categorias analisadas, apenas 3 registraram alta.
Uma dela, Alojamentos e Alimentação, com alta de 5,8%. Registre-se que no período anterior, estava-se em plena pandemia, afetando especialmente esse setor.
Outra alta foi na Construção, com 4,5%. E Agricultura, alta de 0,4%.
O setor com mais relevância na qualidade do emprego, a Indústria Geral, mostrou queda de 9,4%.
Aumento na Força de Trabalho Ocupada
Em relação a 12 meses atrás, houve aumento de 9,1% na Força de Trabalho Ocupada e uma redução de 7,6%% na soma de Desocupados + Fora da Força.
Queda nos rendimentos médios de todos os trabalhos
A massa de rendimentos, na média de 12 meses, mostra a manutenção da tendência de queda.
Desalentados na força de trabalho
O gráfico mostra que, depois de um pico em meados de 2020, o índice voltou aos dados do início do governo Bolsonaro.
O indicador ficou em 23,5%. No período jan-mar 2015 o índice estava em 16,6%. Um ano depois estava em 18,6%. Em jan-mar 2017 o indicador já estava em 24,1%.
Desocupação + subocupação
Continua em níveis superiores aos encontrados por Bolsonaro.