O presidente da Câmara, Marco Maia, vai criar uma câmara de negociação para debater questões de interesse de trabalhadores e empresários. A ideia, segundo ele, é promover um encontro com empresários já na próxima semana.
Segundo o presidente, o objetivo é “buscar consensos e acordos que permitam a votação, não apenas da pauta trabalhista, mas também da pauta empresarial que dialoga com o desenvolvimento do País”. Ele defende acordos que permitam a votação dessas matérias.
Nesta terça-feira, Maia se reuniu com representantes das centrais sindicais, que apresentaram a ele uma pauta trabalhista.
40 horas semanais
Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que é presidente da Força Sindical, os trabalhadores querem sensibilizar os parlamentares quanto à aprovação de matérias como a proposta que estabelece a carga semanal de 40 horas (PEC 231/95), sem redução do salário.
“Nós estamos empenhados em, a partir de agora, fazer toda uma movimentação para exigir aqui na Câmara a votação das 40 horas. É lógico que nós precisamos também saber o momento, porque hoje a gente tem certeza que ganharia. Só que não adianta só ganhar. Nós precisamos de 308 votos”, diz Paulo Pereira.
Ele considera fundamental a mobilização e discussão com os líderes e acredita “que o caminho que o presidente Marco Maia ofereceu é importante porque significa a procura de um consenso aqui”.
Fator previdenciário
As centrais sindicais também incluíram na pauta de reivindicações pontos como mudanças na política econômica, com redução de juros e valorização do trabalho; fim do fator previdenciário (PL 3299/08); e a regulamentação da terceirização para garantir os direitos dos trabalhadores.
Reportagem – Idhelene Macedo/Rádio Câmara