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O Índice de Confiança da Construção (ICST), no trimestre encerrado em fevereiro, ficou 8,4% abaixo do registrado nos três meses finalizados em fevereiro de 2011. As séries de resultados, porém, mostram que os empresários do setor estão mais otimistas. Para Ana maria Castelo, coordenadora de projetos da construção na Fundação Getulio Vargas (FGV), as sinalizações do governo de que o investimento em infraestrutura e construção será retomado com mais força em 2012 têm resultado positivo no indicador, embora a maior parte dos dados aponte variação negativa.
 
‘A evolução que começou no fim do ano passado se mantém e creditamos isso a notícias mais favoráveis anunciadas no começo do ano, como a recuperação de investimentos em infraestrutura e retomada de contratações do Minha Casa, Minha Vida’, avaliou Ana Maria. Ela lembra, que apesar de a confiança ainda estar pior do que as sondagens de 2011, os números estão sempre acima de 100 pontos, numa escala que vai de zero a 200 pontos, o que indica otimismo das 721 empresas que respondem à pesquisa. ‘O ajsute fiscal no ano passado caiu fortemente sobre os investimentos e só agora há essa retomada.’
 
No trimestre terminado em janeiro, a confiança do setor ficou 8,7% abaixo na comparação com igual perído anterior. Sempre levando em conta comparações trimestrais de intervalos iguais, o indicador ficou 9,9% negativo no período encerrado em dezembro, -10,2% em novembro e -10,4% em outubro.
 
Um indicador antecedente que mostra tendências de melhora é o de preparação de terreno. Entre os componentes do ICST, este foi o único que apresentou resultado positivo na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro de 2011, com alta de 0,1%. ‘Apesar de ser uma atividade sem grande geração de emprego e peso na economia, preparação de terreno em alta mostra que um novo ciclo da construção está começando’, explicou Ana Maria. Já a maior queda do trimestre encerrado em fevereiro foi registrada em obras de acabamento (-12,4%), corroborando à tese da pesquisadora da FGV de que a fase atual da construção é de novas contratações.
 
O índice com maior peso na sondagem, construção de edificios e obras civis, também sustenta o movimento de aceleração. Nas últimas três sondagens trimestrais, a confiança se mostra mais firme. Segundo a pesquisa, há maior expectativa de contratação de trabalhadores e os empresários também apontaram certa facilidade na obtenção de financiamentos, mas a maior dificuldade do setor para 41,4% delesestá na escassez de mão de obra qualificada, o que continua pressionando o mercado de trabalho. Para os próximos meses, Ana Maria aponta que a demanda pode se tornar um problema, visto que para 12,4% dos empresários esse é um fator que gera preocupação. Segundo a pesquisadora da FGV, esse índice é maior do que o registrado normalmente na sondagem.