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Desemprepgo na EspanhaEm fevereiro, com a perda de mais 112 mil postos de trabalho, o número de desempregados passou para 4,7 milhões na Espanha e, não havendo perspectivas de crescimento econômico este ano, a prevê-se que o quadro vai se agravar.
 
É neste contexto que o governo do primeiro ministro conservador Mariano Rajoy aprovou, na semana passada, reformas trabalhistas que atentam contra os direitos dos trabalhadores, provocando inclusive o protesto da Federação de Associações para a Defesa da Saúde Pública, que se manifestou contra as reformas e, nesta segunda feira, pediu sua revogação por considerar que seus efeitos negativos para a saúde dos trabalhadores.

A Federação se refere ao artigo que permite a demissão de trabalhadores cujas faltas alcancem 20 a 25% da jornada de trabalho, incluindo neste percentual as faltas por doenças comuns, que terão que ser inferiores a 20 dias.

Segundo os médicos o que se pretende obter com esta mudança é a diminuição de faltas por doenças. Eles destacam que, sobretudo, isso ocorrerá em casos de enfermidades agudas. Mas, dizem, as doenças não vão diminuir e assim pessoas doentes continuarão trabalhando, com os efeitos decorrentes. Uma consequência poderá ser a diminuição da capacidade de trabalho, além de problemas como perda do rendimento e da qualidade da produção.

Aumentará a tendência à ocorrência de acidentes de trabalho pois os trabalhadores, “com suas capacidades físicas diminuídas, têm maior propensão a sofrer acidentes” durante o horário de trabalho.

Outra consequência poderá ser o aumento do número de trabalhadores com enfermidades infectocontagiosas, constituindo-se em “risco para sua propagação no ambiente de trabalho”. Assinalam ainda que as pessoas que trabalham em contato com o público “se converterão em foco de disseminação e contágio de doenças”.

Denunciam, finalmente, a mudança como uma importante “perda de direitos para os trabalhadores”, além de implicar em um “risco para a saúde dos trabalhadores e para o conjunto da população, de maneira indireta”.

A reforma trabalhista, com tantos cortes de direitos dos trabalhadores, tem sido alvo de muitas críticas e os sindicatos anunciaram uma greve para o dia 29 de março contra as medidas tomadas pelo governo conservador do primeiro ministro Mariano Rajoy.