ESTÚDIO CONJUR
“Os estudos da vencedora do Prêmio Nobel de Economia de 2023, Claudia Goldin, sobre o modo como as diferenças de gênero influem na renda e na carreira de homens e mulheres, permitem entender o abismo de remuneração entre pessoas de gêneros diferentes. E a maternidade é um componente extremamente importante neste contexto, seja na remuneração das mães, seja no cenário encontrado por elas logo após terem filhos”, afirma Caroline Burle, especialista em governança multissetorial e cofundadora da ONG liBertha.org.
Ela é a convidada do Instituto de Estudos Estratégicos de Tecnologia e Ciclo de Numerário (ITCN) para o webinar “Mulheres, dinheiro e ambiente corporativo: desigualdade salarial, maternidade e licença parental”, que se ocorrerá nesta quarta-feira (18/10), a partir das 10h, com transmissão ao vivo pelo canal do ITCN no YouTube.
A palestra será mediada pelas advogadas Mariana Chaimovich e Thaís Zappelini, respectivamente legal advisor e consultora de relações governamentais do instituto.
Ainda de acordo com Caroline, recente pesquisa da FGV-Rio envolvendo cerca de 250 mães com idade entre 24 e 35 anos mostra que quase 50% das brasileiras são demitidas após a licença-maternidade. Os dados foram colhidos entre 2019 e 2020, e a tendência segue bastante semelhante.
Segundo a professora Cecília Machado, responsável pela coordenação da pesquisa, uma maneira de melhorar a situação das mães seria ampliar a política pública relativa à licença parental, permitindo que mães e pais tenham idênticos direitos (trabalhistas inclusive) de cuidar dos filhos.
É justamente por isso que Caroline Burle discutirá temas relacionados à sua atuação como promotora da licença parental, para que haja cada vez mais paridade nesse quesito, no Brasil.
Revista Consultor Jurídico