Elaborado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o estudo é resultado da necessidade de avaliar o impacto do corte no orçamento federal para o programa habitacional Casa Verde e Amarela, que substituiu o ‘Minha Casa Minha Vida’, pelo governo de Jair Bolsonaro.
De R$ 1,5 bilhão previsto no Orçamento de 2021, o programa foi reduzido para R$ 27 milhões, corte de 98%.
Ou seja, estamos diante da virtual extinção do maior programa de habitação popular das últimas décadas no País.
O impacto deste corte repercute negativamente na geração de emprego direto e indireto, na geração de renda, na arrecadação fiscal, no efeito multiplicador em outros setores, e claro, no combate ao déficit habitacional que já ultrapassa os 5,9 milhões de imóveis no País.
E o corte ocorre em meio à pandemia do covid-19 que matou mais de 600 mil brasileiros, entre outras razões devido à impossibilidade de manter isolamento social em condições de moradia precárias e insuficientes.
Quando mais precisávamos de investimentos em programas de habitação para também proteger a vida, o governo federal decreta a morte do programa.