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Motoristas vão sentir no bolso o aumento no preço dos combustíveis.

De hoje até a virada do ano o preço pago pelo litro dos combustíveis – gasolina, etanol e diesel – deverá estar entre R$ 0,05 e R$ 0,10 mais caro na bomba. A confirmação do tradicional reajuste dos preços nesta época do ano veio dos próprios funcionários e proprietários de postos da capital. Algumas distribuidoras já apresentam cargas com valores mais elevados, em média, R$ 0,04, porém, somente agora será repassado para o consumidor.

Na última semana, de 19 a 25 de dezembro, de acordo com levantamento de preços realizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), os consumidores da capital desembolsaram pelo litro de combustível, em média, R$ 2,519 pela gasolina, R$ 1,732 pelo etanol e R$ 1,952 pelo diesel.

Na semana em questão, o preço do litro fornecido pelas distribuidoras, em média, foi de R$ 2,273 para a gasolina, R$ 1,543 pelo etanol e R$ 1,759 pelo diesel. “A Ipiranga puxou o reajuste de preços das distribuidoras há algumas semanas e as outras acompanharam”, explica o proprietário do Posto Capanema (que opera com bandeira da Esso), Marcos Scripes.

O gerente do Auto Posto Mamoré, Edson Teixeira, também reconhece que o repasse para o consumidor, a partir de hoje, é quase inevitável. “Dependerá do preço pelo qual pagaremos a carga. Porém, tudo indica um aumento. Como os postos bandeirados já achataram suas margens de lucro para competir com quem não tem bandeira, o aumento para os consumidores será a nossa única saída”, afirma Teixeira.

O gerente de um dos postos abastecidos pela Ipiranga, que não quis ser identificado, reforça a previsão de incremento nos valores. “Nos últimos dias, cada carga comprada já vem com alta de R$ 0,02 por litro. Seguramos até agora, porém, já temos a confirmação de que as próximas cargas virão com reajustes de R$ 0,04 a R$ 0,05, dependendo da negociação com a Petrobras. Como o etanol também está pressionado pelo período de entressafra e pela demanda internacional por açúcar, até o dia 31 todos os combustíveis estarão mais caros para quem vier abastecer”, constata o gerente.

Nova conta

Segundo Scripes, os proprietários de carros flex podem minimizar o impacto dos reajustes revendo a proporção do cálculo para decidir sobre o tipo de combustível. “Considero um tanto fantasiosa a conta de 70% para 30% para decidir entre gasolina e etanol, pois não se leva em consideração o local onde o carro está circulando. Tenho um carro flex e concluí empiricamente que, a proporção 60% para 40% é a mais viável para quem vai viajar e pegar estrada. Devido ao trânsito cada vez mais lento na cidade, vale mais a pena usar gasolina para circular por Curitiba e álcool para pegar a estrada”, recomenda.

Outra orientação importante vinda diretamente dos postos bandeirados é sobre a qualidade do combustível. “A ANP trabalha com uma escala muito ampla para avaliar a composição do combustível. Enquanto os postos bandeirados trabalham com combustíveis de primeira linha, os sem bandeira, para ampliar a margem, escolhem aqueles que passam pela fiscalização, mas com uma composição menos pura”, informa Teixeira.