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Os representantes dos funcionários dos Correios devem encaminhar nos próximos dias uma contraproposta para o acordo coletivo e assim tentar encerrar a greve da categoria.

Essa pode ser uma solução para encerrar a paralisação, que está completando uma semana, uma vez que a empresa retirou a sua proposta e não negocia mais com os grevistas.

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Os Correios apresentaram duas propostas antes do início da greve, mas agora afirmam que só vão negociar quando os trabalhadores voltarem ao trabalho. O presidente da empresa, Wagner Pinheiro de Oliveira, disse à Folha na segunda-feira que informou os sindicatos de que aceitaria analisar uma contraproposta dos funcionários.

Os trabalhadores reivindicavam aumento salarial de R$ 400 a partir de janeiro para todos, independentemente do salário, reposição da inflação calculada em 7,16% e mais 24,76% referentes a perdas acumuladas desde 1994.

De acordo com a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), a proposta salarial apresentada pelo governo federal inclui reajuste de 6,87% para repor a inflação do período, ganho real de R$ 50 linear a partir de janeiro e abono de R$ 800.

“Nosso comando de negociação está trabalhando em uma contraproposta. Após fechá-la, nós vamos levar para as assembleias e, se for aprovada, encaminhamos para a diretoria dos Correios”, disse a presidente do sindicato de Brasília, Amanda Corcino.

A categoria vai realizar novas assembleias na manhã desta quarta-feira, mas a contraproposta não deve ainda ser apresentada.

Os grevistas realizaram nesta terça-feira em Brasília um “enterro simbólico” do presidente da empresa e do ministro Paulo Bernardo (Comunicações). Os funcionários também foram à Câmara dos Deputados buscar apoio para a abertura de uma nova rodada de negociações com a empresa.

Os Correios afirmam que a adesão se manteve estável ontem, em torno de 23% dos 110 mil funcionários (a categoria continua falando em 70%).

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