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Em agosto, o Brasil criou 190.446 postos de trabalho com carteira assinada, um crescimento de 0,51% em relação ao estoque de trabalhadores do mês anterior. Nos oito primeiros meses do ano, foram gerados 1.825.382 postos formais, terceiro melhor resultado da série histórica, ficando atrás apenas do registrado em 2010 (2.195.370) e em 2008 (1.940.602).

Os dados, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram divulgados nesta quarta-feira (14), pelo Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

“Tivemos em agosto uma média maior que a registrada normalmente no mês, que fica em torno de 185 mil empregos gerados. O número já é melhor que o de julho e minha expectativa é que setembro será melhor do que agosto, assim como outubro. Teremos muita contratação na Indústria de Produção de Alimentos e no Comércio por conta do fim do ano. O crescimento do emprego está acima do crescimento do PIB. Vamos ter uma geração menor que três milhões de empregos como eu havia previsto, ficando acima dos 2,7 milhões de novos empregos”, afirmou Lupi.

Contratações e demissões

O mês de agosto registrou o maior número de admissões e desligamentos para o período, com 1.830.321 e 1.639.875, respectivamente. Na série histórica do Caged para todos os meses, os resultados são o segundo e o terceiro maiores, respectivamente, e correspondem a segunda maior movimentação do mercado formal (admissões mais desligamentos). Para Lupi, quando a economia não está aquecida esses números diminuem.

“Nós registramos o maior número de admissões e demissões. Isso significa que a economia está movimentando muito. Se a crise aqui no Brasil tivesse chegado muito forte, teríamos uma queda nesses números. Estamos crescendo menos que em 2010, quando não tinha uma crise internacional, mas estamos crescendo. Não temos recessão. Não temos uma queda abrupta do nível do emprego”, enfatizou o ministro.

O crescimento do emprego no último mês decorreu do desempenho positivo de seis setores da economia, com a Extrativa Mineral registrando recorde no mês, abrindo 1.997 novas vagas.

Em números absolutos, o destaque ficou com Serviços, que criou 45.961 postos; Comércio, com 28.538 e terceiro melhor saldo para o mês, e Construção Civil, com a geração de 25.6323 postos e a maior taxa de crescimento entre os oito setores, com 1,16%. A Agricultura, por motivos sazonais, fechou 19.498 postos.

O Sudeste liderou a geração de empregos em agosto, com a criação de 74.895 novos postos de trabalho, seguido do Nordeste, com 59.513, o terceiro melhor saldo para o mês.

O sul ficou na terceira posição, com a criação de 27.457 empregos celetistas, seguido do Centro-Oeste, com 15.096 e Norte, com 13.485, ambas as regiões registrando o terceiro melhor resultado para o período.

Entre as Unidades de Federação, a Paraíba registrou resultado recorde para o mês e a maior taxa de crescimento entre os estados. Em termos absolutos, o maiores resultados ficaram com São Paulo, com a abertura de 53.033 postos; Rio de Janeiro, 19.865, e Pernambuco, 18.613. (Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE)