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Cerca de 90% dos professores de Campo Largo paralisaram as aulas na rede pública municipal da cidade nesta quarta-feira (28). A greve foi definida em assembleia geral da categoria organizada pelo Sindicato dos Professores de Campo Largo (SMMCL) na última segunda-feira, como forma de pressionar o prefeito Edson Basso (PMDB) para aceitar a proposta de 25% de aumento salarial exigida pela categoria. O sindicato é filiado à Nova Central Sindical de Trabalhadores do Paraná desde maio de 2011.

A presidenta do SMMCL, Márcia do Rocio Carloto Tottene, explica que a medida foi tomada após uma longa negociação, em que a prefeitura sinalizou com aumento salarial de no máximo 12%, muito abaixo do pretendido pelos professores. Embora segunda a prefeitura tenha finalmente alterado sua proposta para 15%, a greve foi mantida.

De acordo com estudo feito pelo sindicato, a prefeitura possuí margem de negociação. Uma das razões é que o investimento mínimo de 25% do orçamento em educação pode ser ampliado para até 30%. Mas o principal motivo é que nos últimos anos três grandes indústrias que passam a pagar impostos em 2012 instalaram-se na cidade, o que irá ampliar em muito a arrecadação municipal a partir deste ano.



Cerca de 500 professores e professoras concentraram-se nesta manhã na praça Getúlio Vargas e seguiram em caminhada silenciosa até a prefeitura, onde ocorreram reuniões com o prefeito, pela manhã, e com o secretário de educação, pela tarde. Após as reuniões houve o retorno à praça. Os cerca de 12mil estudantes da rede municipal irão permanecer sem aula nesta quinta-feira (29), quando os professores realizam nova assembleia às 12h para avaliar nova proposta da prefeitura, que deve ser informada ao longo da manhã.

Independente de qual seja a repostas do executivo, a categoria cogita permanecer em estado de greve até a próxima segunda-feira (2), quando o reajuste salarial será votado na câmara dos vereadores da cidade. Compareceram ao protesto de hoje os vereadores Wilson Andrade (PSB), Lindamir Ivanoski (PSL) e Sandra Marcon (PSD), para realizar um diálogo entre os representantes do poder legislativo e os  grevistas.