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Paralisação já e a maior em 20 anos, superando o pico de 2010, quando os bancários pararam 8.278 agências em todo o País

SÃO PAULO – A greve nacional dos bancários cresceu nesta segunda-feira, 10, apesar de o governo federal ter mandado as direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal cortar o ponto dos seus grevistas.

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No 14.º dia de paralisação, a categoria fechou 9.090 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todo o Brasil, informou ontem a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Na sexta-feira, estavam paradas 8.951 agências.

Segundo a entidade, a greve, que já é a maior da categoria nos últimos 20 anos em adesão, caminha para se tornar também a mais longa. Em 2004, a paralisação durou 29 dias.

“Enquanto os bancos e o governo ameaçam os bancários, a greve segue crescendo”, afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. “Em vez de usar práticas antissindicais e intimidar os trabalhadores, os bancos deveriam se preocupar em retomar o diálogo e apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria”, acrescentou o sindicalista.

O Comando Nacional dos Bancários se reúne hoje em São Paulo para avaliar a greve e ampliar o movimento. “Vamos intensificar a mobilização para pressionar os bancos e arrancar novas conquistas”, afirmou Cordeiro.

A paralisação da categoria já e a maior em 20 anos, superando o pico de 2010, quando os bancários pararam 8.278 agências em todo o País.

Com data-base para renovação da convenção coletiva de trabalho em 1.º de setembro, os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, depois de rejeitarem a proposta de reajuste salarial de 8% feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A oferta dos bancos significa apenas 0,56% de aumento real, bem abaixo da reivindicação da categoria.

Os trabalhadores querem reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais a inflação acumulada nos últimos 12 meses), valorização do piso salarial, maior Participação nos Lucros e Resultados e mais contratações, entre outras reivindicações.

“Além de oferecer baixo reajuste salarial, os bancos disseram não às demais reivindicações”, disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Estamos lutando por nossos direitos e não vamos aceitar ameaças nem retaliações, seja de bancos públicos ou privados.”

Existem hoje 484 mil bancários no Brasil, sendo 135 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.