NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

Com o lema “Pela vida, grita a terra… Por direitos, todos nós!”, a 17ª edição do grito que acontece neste ano aponta para a participação popular em defesa do meio ambiente com respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Foi o que ressaltou Ari Alberti, da coordenação nacional do Grito, ao expor que em 25 estados este e outros temas serão debatidos.

“Percebemos que cada vez mais a Semana da Pátria se torna uma Semana da Cidadania, uma semana de participação popular. A grandeza do Grito dos Excluídos é que ele permite que, em inúmeros municípios e regiões de nosso país, aconteçam atos, marchas, celebrações e manifestações com os mais diversos temas que afetam a vida dos excluídos do campo e da cidade”, afirmou.

Um dos temas mais enfatizados no evento é o novo código florestal que tramita no Congresso Nacional. Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales (SP), se posicionou dizendo que este é um tema de enorme responsabilidade que se coloca aos brasileiros. Ele afirmou que é necessário dar uma atenção especial para a Amazônia, cuja floresta deve ser preservada em 80%.

Alertou ainda que é necessário chegar a um código florestal exequível, que não criminalize os pequenos agricultores. Para tanto, é preciso superar os radicalismos para se chegar, com lucidez e equilíbrio, a compatibilizar os objetivos da proteção ao meio ambiente com os objetivos da agricultura.

Reforma agrária

O membro da coordenação nacional do MST, Gilmar Mauro, ressaltou a importância da participação dos movimentos sociais na organização do Grito dos Excluídos. Para ele, o tema deste ano é um tema que apela para a realização da reforma agrária.

Em um mundo hegemonizado pela lógica do capital, que transforma tudo em mercadoria, o Grito aponta um novo horizonte, onde os trabalhadores estejam incluídos, com soberania e justiça social.

“Se queremos preservar a natureza para as futuras gerações e se queremos ter alimento saudável em nossa mesa, o caminho é a reforma agrária”, enfatizou.

O coordenador da 24ª Romaria dos Trabalhadores, José Efigênio de Paulo, chamou a todos para participarem da Romaria que acontece nesta quarta-feira – 7 de Setembro, na Basílica de Aparecida, para debater os temas da Reforma Agrária e Urbana, os altos preços da energia elétrica, o tema da educação e dos meios de comunicação social.

“Sejam todos bem-vindos na Romaria, será um grande espaço de debate sobre a nossa realidade”, finalizou Efigênio.

Projeto popular x projeto capitalista

O Grito dos/as Excluídos/as surgiu no Brasil no ano de 1994 e o 1° Grito foi realizado em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano, que era “A Fraternidade e os/as Excluídos/as”.

O evento defende um projeto popular de sociedade como alternativa ao modelo atual (projeto capitalista).

Para isso, estimula os movimentos sociais e populares a assumirem o protagonismo na construção de alternativas que tragam a eles esperança e perspectivas de vida para as comunidades locais; promover a pluralidade e igualdade de direitos, bem como o respeito nas relações de gênero, raça e etnia; denunciar todas as formas de injustiça que, em nosso país, causam a destruição e a precarização da vida do povo e do planeta. (Fonte: Portal Vermelho)