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Feira de máquinas que começou ontem em Arapongas deve movimentar cerca de R$ 300 milhões
 
 
180 expositores participam da feira: muitas novidades para a
indústria moveleira
 
No primeiro dia da 8 edição da FIQ – Feira Internacional da Qualidade em Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira – que acontece em Arapongas até a próxima sexta-feira, grande parte dos 180 expositores que participam do evento mostrou que está otimista e acredita que a meta de R$ 300 milhões em negócios possa ser alcançada. Durante a abertura do evento, a FOLHA conversou com diversos empresários do setor, que levaram todo seu mostruário de produtos com tecnologia de ponta para a feira. Nas primeiras horas de FIQ, muitos visitantes do polo moveleiro de Arapongas também mostraram que estão dispostos a investir este ano.

Wanderley Vaz de Lima, presidente do Expoara, local onde acontece a FIQ, salientou durante entrevista coletiva que ”sem as inovações, a indústria não é capaz de atender o mercado consumidor, cada vez mais exigente”. Já José Luis Diaz Fernandez, presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) relatou que só em feiras como esta, o empresário consegue negociar melhores preços. ”Dez porcento de toda a produção nacional de móveis sai de Arapongas. O mercado é um dos quatro maiores polos exportadores do País. A produtividade aqui é muito grande. Agora, é preciso aproveitar este boom da construção civil para investir”, relatou.

Como o pessoal da organização, os expositores também estão empolgados com as vendas. Wilson Alves da Silva, da empresa londrinense Rizon, que produz máquinas fresadoras (desenha em qualquer tipo de material), disse que é a primeira vez que participa da FIQ. ”A feira não é específica da nossa área, mas acreditamos que é possível comercializar em torno de 30 máquinas, principalmente as que desenham em madeira”, explicou.

Já o gerente de vendas da empresa curitibana Marjos do Brasil, Daniel Becker, salientou que a empresa aposta na diversidade para faturar R$ 2 milhões em quatro dias. ”Trabalhamos com máquinas que variam de R$ 900 até R$ 250 mil. Atendemos principalmente pequenos e médios empresários, que podem ver aqui o maquinário em funcionamento”.

Além do setor de máquinas, os setores de logística e acessórios também apostam em bons negócios. Paulo Scalf, diretor comercial da transportadora londrinense Real 2000, relatou que o principal objetivo da empresa é apresentar soluções de transporte para o polo moveleiro. ”Atuamos em todo o País, nos adequando a cada setor”.
Já o supervisor de vendas da Darony Indústria de Tecidos, de São Paulo, José Luiz Sola, comentou que esta é a primeira feira do ramo moveleiro que participa. Sola disse que a empresa atua muito na área de calçados e diz que alguns tecidos agora estão sendo utilizados neste setor. ”Vim para a FIQ para fechar em torno de R$ 200 mil em negócios. Menos do que isso, é prejuízo”.

Visitantes

Pelo lado dos 20 mil visitantes que devem passar pela FIQ até sexta-feira, a ideia também é incrementar suas indústrias com novas tecnologias. O casal Luís Antonio e Maria Augusta da Silva, proprietários da Jalmac, de Jaci (SP), veio em busca de uma frisadeira, um compressor e uma linha de pintura. ”Fabricamos 30 mil laterais de gaveta por dia e precisamos de uma linha de pintura para expandir nosso negócio. Não podemos deixar de crescer e por isso vamos ter que investir em torno de R$ 600 mil”, ressaltaram.


O casal Claudemir e Karin Rodrigues, do Móveis Name, de Arapongas, disse que está em busca de novos parceiros. ”Já fizemos hoje (ontem) alguns contatos de empresas que fornecem tecido, puxadores, embalagens e tintas”.