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A indústria paranaense manteve o bom nível de crescimento em novembro passado (5,4% em comparativo com outubro) e continua em alta de 5,2% no acumulado dos últimos 12 meses – ficando em terceiro lugar entre os 14 locais pesquisados – atrás apenas de Goiás (6,5%) e Espírito Santo (6,1%). Quando comparados os meses de novembro de 2011 e 2010, o crescimento é ainda mais substancial, de 9,2%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Os números reforçaram que o Brasil deve fechar 2011 com um crescimento industrial extremamente tímido. Entre janeiro e novembro, o País acumulou alta de apenas 0,4%, já que cinco estados têm desempenho negativo. O destaque entre os que estão no vermelho é o Ceará, com -12,1%. No levantamento do terceiro trimestre de 2011, a industria paranaense teve a segunda melhor perfomance nacional, com expansão de 9,5%, contra 9,7% de Goiás e zero do Brasil. 
Os setores que mais impulsionaram a indústria do Paraná no ano passado foram caminhões, cabos de fibra ótica, gasolina, diesel, metais e madeira. De acordo com o economista da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Roberto Zurcher, o levantamento mostra a forte estrutura industrial que o Estado possui. ”Principalmente quando falamos da indústria de alimentos, na qual tivemos uma boa safra, e pecuária, que até agora está conseguindo se manter distante dos problemas fitossanitários que atingem o Paraguai”, relata. 
Ele também relembra a sondagem industrial divulgada pela entidade, embasada em dados do IBGE, com base em 2002, que mostra que o índice de produção física do Paraná é o melhor entre os estados da região sul e sudeste, com crescimento de 55,73%. O valor é acima do Espírito Santo (53,59%), São Paulo (34,31%) e Minas Gerais (32,48%) e quase o dobro da média nacional, que fica em 28,95% nestes nove anos de avaliação. 
A indústria paranaense também deve fechar 2011 acima do Produto Interno Bruto (PIB) do próprio Estado, que deve ficar em 4,1%, de acordo com estimativa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Zurcher relata que este fenômeno não acontece na maioria dos estados da Federação, já que grande parte sofre com os produtos importados. ”A indústria do Paraná está recebendo investimentos, é competitiva e tem boa capacidade de produção. Mas o PIB também vem crescendo nos últimos anos e cada vez mais se aproxima dos de outros estados, como Santa Catarina”, conclui o economista. 
No País 
Na passagem de outubro para novembro, a produção industrial cresceu em oito dos 14 locais que compõem a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física. O avanço mais acentuado foi justamente em Goiás, que registrou expansão de 11,6% após a queda de 9% em outubro. Em segundo lugar ficou o Paraná, com alta de 5,4%, seguido por Espírito Santo (4,7%), Minas Gerais (4,6%) e Rio de Janeiro (3,9%). 
Os demais locais com expansão na produção acima da média nacional, que ficou em 0,3% no período, foram São Paulo (1,9%), recuperando parte da perda de 7,5% verificada nos dois últimos meses de queda na produção, Santa Catarina (1,6%) e Pará (0,5%). Na direção oposta, houve queda na produção no Ceará (-0,3%), Rio Grande do Sul (-1,3%), Pernambuco (-2,4%), região Nordeste (-2,9%), Amazonas (-3,0%) e Bahia (-6,4%). 
Na comparação com novembro de 2010, oito dos 14 locais mostraram queda na produção: Santa Catarina (-7,7%), Ceará (-6,8%), São Paulo (-4,9%), Bahia (-4,2%), Rio Grande do Sul (-3,4%), região Nordeste (-2,6%), Rio de Janeiro (-1,5%) e Pará (-1,0%). Houve avanço na produção em Goiás (13,3%), Paraná (9,2%), Espírito Santo (4,1%), Minas Gerais (2,8%), Pernambuco (1,9%) e Amazonas (0,5%).