As mais recentes projeções do Boletim Focus, divulgadas nesta segunda-feira (7/7), mostram um cenário misto para a economia brasileira em 2025, com destaque para a elevação das expectativas de inflação e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), além da estabilidade nas previsões para a taxa básica de juros (Selic) e o câmbio.
A projeção do mercado para o IPCA, índice oficial de inflação, subiu pela segunda semana consecutiva e agora está em 5,18% para 2025. Há um mês, a estimativa era de 5,44%, mas caiu para 5,20% na semana passada e voltou a subir agora. Mesmo com a oscilação, o número segue acima do centro da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%.
Para os anos seguintes, o cenário é mais otimista: o mercado prevê o IPCA em 4,50% em 2026, 4,00% em 2027 e 3,80% em 2028, com tendência de queda contínua. Ainda assim, a expectativa de 2026 mantém-se estável há oito semanas, o que demonstra cautela dos analistas.
PIB com leve melhora
O crescimento do PIB em 2025 passou de 2,18% (quatro semanas atrás) para 2,23%, com uma leve alta em relação à semana passada (2,21%). É o segundo avanço semanal consecutivo nas projeções de crescimento da economia brasileira neste ano.
Nos anos seguintes, as previsões permanecem modestas e estáveis: 1,86% para 2026, 2,00% para 2027 e 2,00% também para 2028. Esses números indicam que, embora o país possa apresentar crescimento neste ano, o ritmo tende a se estabilizar em patamares mais baixos nos próximos anos.
Câmbio e Selic mantêm estabilidade
O câmbio deve permanecer estável ao longo dos próximos anos, de acordo com o mercado. Para 2025, a previsão é de R$ 5,70 por dólar, o mesmo valor registrado na semana passada. O cenário de estabilidade também se repete para os anos seguintes: R$ 5,75 em 2026 e 2027, e R$ 5,80 em 2028.
Já a taxa Selic, principal instrumento de política monetária do Banco Central, continua em 15,00% ao ano para 2025, patamar que vem sendo mantido há duas semanas. A projeção para 2026 também segue estável, em 12,50%, assim como as estimativas para 2027 (10,50%) e 2028 (10,00%). Esses números indicam uma expectativa de queda gradual dos juros, refletindo a trajetória esperada de controle da inflação.
CORREIO BRAZILIENSE
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