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Após registrar deflação em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a acelerar em setembro e fechou o mês em 0,48%. Os dados divulgados nesta quinta-feira (9/10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda revelam que, nos últimos 12 meses, a inflação oficial já acumula 5,17%, acima dos 5,13% registrados até agosto.

Em setembro, um componente em especial causou um impacto mais significativo no índice final. Com o fim do Bônus de Itaipu no mês anterior, a energia elétrica residencial subiu 10,31% e fez com que o grupo Habitação registrasse a maior alta de preços no mês, de 2,97%. Além disso, também pesou nessa alta a continuidade da bandeira vermelha 2 nas contas de luz e o reajuste em algumas capitais do país, como São Luís, Vitória e Belém.

A capital maranhense, inclusive, foi a que apresentou a maior inflação no mês de setembro entre as cidades analisadas na pesquisa, com acréscimo de 1,02%, enquanto que a menor foi a de Salvador, com 0,17%. O gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, lembra que o resultado de setembro no grupo Habitação é o maior para o mês desde 1995.

“É importante destacar que em setembro estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com a cobrança adicional de R$ 7,87 para cada 5 kW hora consumidos. No ano, a energia elétrica residencial acumula uma alta de 16,42%, destacando-se como o principal impacto individual com 0,63 ponto percentual no resultado acumulado do IPCA, que é de 3,64%. Em 12 meses, o resultado acumulado da energia elétrica é de 10,64%”, comenta o especialista.

Outro grupo que também avançou no mês de setembro foi Vestuário, que ficou em 0,63%, com alta nos preços de roupa masculina (1,06%), na roupa infantil (0,76%) e na roupa feminina (0,36%). Também tiveram inflação positiva no mês os grupos de Transportes (0,01%), Saúde e cuidados pessoais (0,17%), Despesas pessoais (0,51%) e Educação (0,07%).

Em sentido contrário, três grupos imitaram agosto e apresentaram deflação novamente, como foi o caso dos Artigos de residência (-0,4%), Comunicação (-0,17%) e Alimentação de bebidas (-0,26%). Neste último, destacou-se a queda de 0,41% da alimentação no domicílio, com inflação negativa de produtos de largo consumo, como tomate (-11,52%), cebola (-10,16%), alho (-8,70%), batata-inglesa (-8,55%) e arroz (-2,14%).

CORREIO BRAZILIENSE

http://correiobraziliense.com.br/economia/2025/10/7266490-ipca-volta-a-acelerar-em-setembro-e-acumula-517-nos-ultimos-12-meses.html