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Da assessoria/SETHFB

Os sete sindicatos que compõem o Fórum Sindical dos Trabalhadores do Sudoeste do Paraná realizaram a primeira reunião de 2022 no fim de fevereiro onde trataram vários temas. Estiveram presentes na reunião os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Francisco Beltrão e Região (Sintrasaúde), do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Material Elétrico de Pato Branco e Região Sudoeste do Paraná (STIMMMEPBBSP), Sindicato dos Motoristas, Condutores de Veículos Rodoviários e Urbanos em Geral, Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Dois Vizinhos (Sintrodov), Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Francisco Beltrão (STIA) e Sindicato dos Empregados em Turismo e Hospitalidade de Francisco Beltrão (SETHFB).

 

Entre os temas abordados, discutiu-se sobre os reflexos da pandemia da Covid-19 nas atividades dos sindicatos locais, a retomada das atividades nos setores econômicos, as condições atuais das negociações coletivas e as dificuldades dos trabalhadores em meio às mudanças legislativas no direito do trabalho.

 

Segundo a presidente do Sintrasaúde, Olira de Fátima Dias, “os trabalhadores do setor simplesmente não pararam desde a pandemia e continuam se dedicando às suas funções dia e noite, desde o início, pois a profissão exige e os atendimentos ao público não pararam de crescer”.

 

Apesar disso, ela apontou que a classe profissional não recebeu o devido reconhecimento por seu trabalho, mesmo com a necessidade dos hospitais da região em contratarem, e entende que as negociações coletivas desse ano tendem a serem mais justas e equilibradas.

 

O presidente do Sintrodov, Alcir Ganassini, apurou que “o setor de transportes também não parou diante de tanta demanda e apesar de certas restrições no momento mais grave da pandemia as empresas estão contratando e a mão de obra também está em falta”. E salientou que as empresas terão de repensar o quanto remuneram os seus trabalhadores, pois há dificuldade de contratação.

 

 

Contratação de mão de obra

 

Nelson de Oliveira, diretor de finanças do Sitrial e vice-presidente do Fórum Sindical, afirmou que o sindicato tem observado as dificuldades das empresas em contratar pessoas, mesmo as empresas maiores do setor, pois a remuneração baixa e mesmo a falta de valorização dos trabalhadores que possuem vários anos de vínculo, desestimulam a busca por vagas no setor e até acaba por promover demissões. Nelson citou ainda o exemplo do setor da indústria de panificação, o qual não possui uma convenção coletiva de trabalho há três anos e há muita procura dos trabalhadores por assistência sindical.

 

 

Consenso

 

Dr. Allan Andreassa, advogado, secretário do Fórum e representante do Sindicato dos Empregados em Turismo e Hospitalidade, comentou que “as entidades que estão reunidas no Fórum Sindical chegaram ao consenso que as melhorias salariais nas negociações serão melhor aplicadas através dos acordos coletivos e é por isso que alguns deles já estão dando maior importância a este tipo de instrumento legal do que às convenções coletivas, pois desta forma os problemas de cada empresa são discutidos e ajustados de uma maneira mais específica e mais próxima do ideal.”

 

Antônio Carlos Pires da Silva, diretor e secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos, ressaltou que as mudanças na legislação trabalhista foram muitas nesse período. Um exemplo é o afastamento das gestantes. “Com isso, os trabalhadores voltaram a procurar mais o sindicato, já que possuem muitas dúvidas e precisam da assistência nesse momento de dificuldade”, relata.

 

 

Ações conjuntas

 

Ao longo da reunião, os sindicatos aprovaram a proposição de uma medida junto ao Ministério Público do Trabalho – MPT contra práticas antissindicais que estão ocorrendo por empresas e até profissionais da região em que consistem no estímulo às desfiliações de trabalhadores.