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Londrina é a número um no ranking das cidades brasileiras com mais empregos supercriativos. A boa notícia vem do Índice de Criatividade das Cidades, lançado em março de 2012 pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio SP). Nesta categoria, estão os postos de trabalho gerados pelos setores de educação superior (graduação, pós-graduação e extensão) e de educação profissional (níveis técnico e tecnológico).

Segundo o Conselho de Criatividade e Inovação da Fecomércio, o indicador é uma iniciativa que visa reunir ”informações inéditas” sobre o grau de criatividade das cidades. Trata-se de um conceito ainda novo no Brasil, mas já consolidado em alguns países da Europa.

Foram pesquisados os 50 maiores municípios do País. Eles receberam notas em nove subindicadores divididos em três setores: criativo, econômico e social (ver quadro). Em cada um, a cidade com o melhor desempenho ficou com a nota máxima: 100. As demais, foram pontuadas de forma proporcional à primeira.

O subindicador no qual Londrina é campeã faz parte do setor criativo e é resultado da divisão do total de habitantes pelo número de postos de trabalho considerados supercriativos. No cômputo geral, levando-se em conta os nove subindicadores, a cidade ficou com nota 79,4, sendo considerada a 9 mais criativa do Brasil, perdendo para São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília e Florianópolis (ver quadro). Não há nenhuma outra cidade do Paraná na lista das 50 mais criativas.

Londrina poderia ter alcançado posição melhor no ranking não fossem alguns subindicadores cuja nota da cidade foi muito ruim. O pior é o de estabelecimentos públicos de saúde: apenas 13,1. Outro desempenho muito fraco é o do PIB per capita (25,2).

O curioso é que, apesar de campeã de empregos supercriativos, Londrina se saiu mal nos criativos, que compreendem uma relação de cerca de 80 atividades, dentre as quais: artesanato, fabricação de medicamento, de componentes eletrônicos e de informática, o comércio varejista de artigos usados, hotéis, atividades de produção artística, telecomunicações, desenvolvimento de softwares, arquitetura e engenharia, publicidade, fotografia, atividades de bibliotecas e arquivos. A nota da cidade neste quesito foi 40.

”A economia criativa está muito ligada a novas tecnologias, a novos conhecimentos”, afirma o economista Guilherme Dietze, assessor econômico da Fecomércio. ”O estudo pretende mostrar que quanto mais criativa mais competitiva será uma cidade, tornando-se foco de atração de novos investimentos”, complementa.

Ele ressalta que o conceito de economia criativa é novo no Brasil, mas começou na Inglaterra ainda nos anos 90. ”Aqui, somente há cerca de dois anos foi criada a Secretaria de Economia Criativa no Ministério da Cultura”, destaca.