No balanço de empregos do primeiro trimestre deste ano no comparativo a 2011, Londrina gerou um saldo superior de vagas em relação a média do Paraná e do Brasil. No total, foram 28,8 mil admissões contra 25,1 mil desligamentos, uma variação positiva de 2,48% frente ao mesmo período do ano passado. No Estado, o crescimento foi mais tímido (1,82%), com um saldo final de 45,4 mil empregos. O pior número ficou em escala nacional, com uma elevação ínfima de 1,17% e saldo positivo de 442,6 mil empregos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Na evolução por segmentos de atividade econômica, a cidade também mostrou força, principalmente nos setores de comércio e serviços. Nos serviços, Londrina ficou com um saldo final – entre janeiro e março – de 2,4 mil empregos e ascensão de 3,56%, superior aos 2,42% do Paraná e 1,70% do País. Já na área de comércio, o Município se manteve estável (0,59%), o que pode ser considerado bom quando equiparado aos números nacionais, em que o total de desligamentos ficou maior do que o de contratações: saldo final de -0,31%.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Nivaldo Benvenho, explica que a cidade teve uma geração de vagas 70% maior em março, em comparação a fevereiro, enquanto o País ficou em 24%. ”Este valor atípico é justificado por eventos como a Páscoa e a Exposição, graças às vagas temporárias. Outro fator que nos auxilia é que não temos um pilar de sustentação em apenas um segmento econômico. Em Londrina, os empregos estão mais pulverizados”, completa.
Em relação a construção civil, os números de emprego de Londrina no primeiro trimestre deste ano foram menores do que os estaduais e nacionais. Enquanto na cidade o saldo foi de 262 empregos (2,9 mil admissões contra 2,7 mil desligamentos) e crescimento de 2,32% neste primeiro trimestre, o Paraná cresceu 4,36% e o Brasil 4,25%. O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon), Gerson Guariente, relata que esta diferença é natural. Ele comenta que entre os meses de novembro e fevereiro é natural que as empresas deste ramo contratem menos. ”Muitos não fazem grandes investimentos neste período devido ao fator clima, que atrapalha bastante as obras nestes meses”.
Outro ponto que justifica a força dos números nacionais, segundo Guariente, é que ”neste ano as obras para a Copa do Mundo começaram pra valer”. Em relação a Londrina, ele ressalta que no segundo semestre o crescimento deve ficar mais intenso. ”Com os lançamentos que estão chegando, os números da cidade certamente vão reagir”, complementa.
Balanço em 12 meses
Quando avaliados os números do Caged dos últimos 12 meses, Londrina fica atrás no saldo final, com 5,3 mil empregos gerados e variação positiva de 3,56%. No mesmo período, o Brasil gerou 1,7 milhão de postos de trabalho e fechou com saldo de 4,82%. O número é a diferença entre 21,7 milhões de admissões e 19,9 milhões de desligamentos. Já o Paraná fechou no período com 116,4 mil empregos positivos, variação de 4,79%.

