Na região de Londrina, a busca por colaboradores para a construção civil está mais tranquila neste momento. É o que afirma o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon), Gerson Guariente. Ele relembra que há um ano a situação era bem complicada na cidade – no auge do boom imobiliário -, o que fez que muitas construtoras e incorporadoras buscassem funcionários para o canteiro de obras em outros estados, principalmente do Nordeste.
Em 2012, Guariente explica que o momento é de ”falta de mão de obra controlada”. O representante relata que a dificuldade é de contratar funcionários em grande número. ”Conseguimos realizar aquelas substituições naturais que acontecem nas obras, de três ou quatro profissionais, por exemplo. Obras que necessitam de maior volume de mão de obra, que pretendem fechar os projetos até o final deste ano, terão problemas”, avalia o representante do Sinduscon.
Ele salienta ainda que em algumas regiões, como a de Curitiba, as dificuldades para contratação podem ser maiores devido a algumas obras específicas. ”Na refinária de Araucária são cerca de 10 mil trabalhadores no canteiro de obras”. Grandes obras, segundo Guariente, podem acabar influenciando em outros pontos do Estado. ”Há influência e vamos poder ver isso melhor durante as obras da Copa do Mundo. Além dos estádios, obras de infraestrutura terão que ser realizadas, o que vai acabar ocupando muita gente.”
Em relação aos salários destes trabalhadores, Guariente explica que há uma melhoria nos valores para aqueles profissionais que realmente estão mais capacitados. ”Já no caso dos engenheiros civis, por exemplo, é nítido que há cerca dos cinco anos os salários estavam reprimidos e, agora, estão bem mais valorizados.”
