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Com o segundo turno, a maior preocupação do comando da campanha petista e do presidente Lula é com o anticlímax na militância. A estratégia já pensada nas últimas horas é que o presidente Lula passe a assumir pessoalmente o comando da campanha.

Avaliação reservada é que Dilma cresceu de forma significativa no mês de agosto depois que houve a forte exploração da imagem de Lula ao lado da candidata petista nos programas eleitorais gratuitos. A prioridade de Lula vai ser exclusivamente para a campanha de Dilma neste mês.

No primeiro turno, Lula dividiu esforços com várias campanhas estaduais e também com agenda de governo. Tanto, que será cancelada toda a possibilidade de agenda internacional no mês de outubro que seria confirmada pelo Itamaraty caso Dilma fosse eleita no primeiro turno.

Outra estratégia imediata é trabalhar a conquista dos votos da candidata do PV, a senadora Marina Silva (AC).

Já no primeiro turno, houve uma preocupação para não atacar diretamente Marina. Agora, a ordem é usar o PT do Acre liderado pelo senador eleito e ex-governador Jorge Viana para tentar fazer uma reaproximação com os setores do PV mais ligados a Marina.

‘O cara’ carregou, e também atrapalhou Dilma

O presidente entrou na sala improvisada nos fundos do palanque, em Belo Horizonte. Naquela tarde de agosto, vestia uma típica jaqueta boliviana. E estava inquieto:

— Vocês acreditam que o Aécio (Neves) teve a coragem de me mandar um recado pedindo para não vir?

O tom irritadiço de Lula surpreendeu os políticos do PMDB e do PT que o recepcionavam.

— Como é? — quis saber Hélio Costa (PMDB), candidato ao governo mineiro.

— Ele mandou o Sérgio Andrade (empresário mineiro, acionista dos grupos Oi e Andrade Gutierrez) telefonar para o Gilberto (Carvalho, chefe de Gabinete de Lula). O Gilberto contou que o Sérgio ligou, falando em nome do Aécio, com pedido para eu não vir a Minas. Quem o Aécio pensa que é? Em quem ele acha que manda? Eu sou presidente da República, vou aonde quiser e agora vou para o enfrentamento.

Lula assumira o papel do político em transe com a adrenalina da vingança. E assim continuou.