NOVA CENTRAL SINDICAL
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DO ESTADO DO PARANÁ

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O programa desta semana é dedicado à mulher brasileira. A presidenta Dilma Rousseff fala sobre projetos do governo na área de saúde da mulher, como a Rede Cegonha, que já está em quase 1700 municípios brasileiros, e também as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e de colo de útero. A presidenta aponta os avanços na proteção da mulher contra a violência, com o fortalecimento da Lei Maria da Penha, e defende uma maior participação das mulheres na vida social, política econômica e cultural do país ao lado dos homens, tendo o respeito dos homens.
 
Transcrição
 
Apresentador: Olá, eu sou o Luciano Seixas e estou aqui para mais um Café com a Presidenta Dilma. Bom dia, presidenta!
 
Presidenta: Bom dia, Luciano!
 
Apresentador: Presidenta, nesta semana comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Vamos aproveitar para falar sobre a política de atenção à saúde da mulher?
 
Presidenta: Vamos sim, Luciano. Eu tenho boas notícias para contar, uma delas é que a mortalidade materna vem caindo. Por exemplo, em relação a 2010, no primeiro semestre do ano passado, a mortalidade caiu 19% – é um avanço importante. Como mãe e avó, eu sei o quanto a maternidade é o momento especial da vida da mulher. E a preocupação do meu governo é que esse seja um momento tranquilo e seguro para todas as brasileiras. Criamos a Rede Cegonha, no ano passado, justamente para fazer isso, para dar um tratamento humanizado às mães e aos bebês.
 
Apresentador: E a Rede Cegonha já está atendendo muitas mulheres, presidenta?
 
Presidenta: Cada vez mais, Luciano. A Rede Cegonha já chegou a quase 1.700 municípios brasileiros, em 23 estados, e vai alcançando mais de 900 mil gestantes. Eu não sei se você sabe, Luciano, mas a mortalidade materna está ligada, na maioria das vezes, a complicações causadas por hipertensão, diabetes, hemorragias e infecções. Todas essas são doenças que podem ser tratadas e controladas com um pré-natal bem feito. Veja o caso da Midian de Barros, que mora lá em Recife e está no sétimo mês de gravidez: quando ela estava no terceiro mês, descobriu então que estava com a diabetes gestacional – uma doença, sabe Luciano, que pode trazer riscos para a mãe e para a criança na hora do parto. O médico da Rede Cegonha encaminhou a Midian para um nutricionista, para ela controlar a alimentação e assim proteger a sua saúde e a da filha. Também pensando, Luciano, em situações de maior risco, nós estamos trabalhando para expandir as UTIs neonatais. Em 2011, criamos 371 novos leitos nessas UTIs. Considerando que o Brasil tem 2.147 leitos, veja você que esses mais de 300 leitos são muito importantes.
 
Apresentador: A Rede Cegonha também vai ajudar a pagar o transporte para a gestante fazer o pré-natal, não é mesmo, presidenta?
 
Presidenta: Ah, é sim. A partir do mês que vem, as gestantes vão receber R$ 50 para pagar a passagem de ônibus e não perder as consultas do pré-natal no SUS, o Sistema Único de Saúde. Em outubro, nós criamos benefícios adicionais ao Bolsa Família, de R$ 32 mensais, para as gestantes e para as nutrizes, as mães que estão amamentando. Em fevereiro deste ano, mais de 240 mil mulheres já estavam recebendo esses benefícios.
 
Apresentador: Presidenta, e como estão as ações de prevenção e combate ao câncer?
 
Presidenta: Olha, Luciano, os resultados de 2011 mostram que também nessa área, Luciano, nós avançamos. No ano passado, por exemplo, o SUS realizou 11,3 milhões de exames preventivos contra o câncer de colo de útero. Também foram feitos mais 3,4 milhões mamografias – um aumento de 13% nesse tipo de exame em relação ao ano de 2010. É algo muito significativo.
 
Apresentador: O governo também tem valorizado o papel da mulher em vários programas, não é, presidenta?
 
Presidenta: Ah, tem sim. Reconhecemos, Luciano, o papel imprescindível e crescente das mulheres na sociedade, como chefes de família, como trabalhadoras, como provedoras dos lares, como responsáveis pela formação e educação de milhões de crianças e jovens. O caminho para a conquista dos direitos das mulheres, Luciano, é longo; e não podemos ignorar a triste realidade da violência a que ainda são submetidas muitas brasileiras. Mas já demos passos importantes na proteção da mulher, como a Lei Maria da Penha, que é uma das leis mais avançadas do mundo na punição dos agressores. O próprio Supremo Tribunal Federal teve uma decisão, alguns dias atrás, muito importante para as mulheres. Ele decidiu que mesmo que a mulher não faça queixa, o agressor será objeto de processo e punição. Isso é muito importante para consolidar o combate à violência que as mulheres sofrem, inclusive, nos seus lares. Vamos continuar fortalecendo políticas de valorização da mulher, de afirmação da mulher. Políticas que aumentem as oportunidades de acesso ao emprego, com melhor capacitação profissional buscando superar uma grande desigualdade que existe em nosso país, que é o fato da mulher trabalhar o mesmo trabalho que o homem e ganhar menos. Eu tenho convicção, Luciano, que o século XXI é o século das mulheres. Não para as mulheres serem, de uma certa forma, contra os homens, mas para as mulheres terem uma participação na vida social, política, econômica e cultural do país ao lado dos homens, tendo o respeito dos homens. Um país que respeita suas mulheres constrói uma nação desenvolvida. Por isso, Luciano, é muito importante, é uma tarefa de homens e mulheres a luta contra a discriminação da mulher.
 
Apresentador: Presidenta, infelizmente, o nosso tempo acabou. Obrigado por mais esse Café.
 
Presidenta: Olha, Luciano, eu quero mandar um abraço especial às mulheres brasileiras, e desejar a todos nós uma ótima semana!
 
Apresentador: Você que nos ouve pode acessar este programa na internet, pelo www.cafe.ebc.com.br. Nós voltamos na próxima segunda, até lá!