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Esperamos que no Brasil a Revolução Ambiental seja a mola propulsora do uso sustentável da madeira de reflorestamento na construção civil
Para que a madeira seja mais bem empregada em nossas construções alguns paradigmas devem ser vencidos por meio de esclarecimentos em nossos centros de formação de profissionais técnicos da construção. Esses paradigmas foram apresentados por Ennio Lepage no Encontro Técnico em Preservação de Madeiras, realizado em 2010 em Imbituba (SC), estabelecendo os graus de prioridade apresentados a seguir, em escala decrescente.
* Segurança questionável contra o fogo 
* Imagem de pouca durabilidade 
* Falta de conhecimento e de experiência na engenharia e construções com madeiras 
* A madeira não é considerada como um material estrutural autêntico pela maior parte dos projetistas 
* Práticas construtivas tradicionais 

A tecnologia da preservação de madeiras, especialmente para madeiras de reflorestamento, é uma resposta para esses questionamentos. Os pequenos impactos ambientais negativos causados pela madeira tratada são superados pelos benefícios decorrentes da extensão da vida útil em serviço, quando comparada com a madeira sem tratamento. 
Atualmente, o custo da madeira de pinus tratada comparada com a mesma espécie sem tratamento é de aproximadamente 50% maior. Entretanto, o desempenho de durabilidade esperado para a madeira de pinus tratada é até mais de 10 vezes superior ao desempenho da mesma espécie não preservada, considerando-se a mesma condição de uso e de agressividade biológica. 
Nos dias de hoje, em que a preocupação com o meio-ambiente e com as mudanças climáticas domina as discussões que ocorrem nos fóruns de âmbito mundial, a Análise de Ciclo de Vida (LCA), principal ferramenta usada na aferição da sustentabilidade de um material, comprova as vantagens ambientais das construções de madeira sobre alternativas como aço, concreto e PVC. Na produção destes materiais é muito grande o consumo de energia e de água, além do potencial contaminante particularmente elevado no caso do PVC. As árvores convertem em madeira o CO2 da atmosfera, contribuindo para a redução do aquecimento global, sendo, desta forma, o maior concentrador de carbono do planeta. 
Outro fato a ser destacado é que atualmente existe uma crescente preocupação do setor da construção em utilizar materiais com adequado tratamento dos resíduos produzidos em canteiros de obras e após anos em serviço. Madeira industrializada contém produtos que devem receber tratamento específico para destinação de resíduos. 
Esperamos que no Brasil a Revolução Ambiental (séculos XX e XXI) seja a mola propulsora do uso sustentável da madeira de reflorestamento na construção civil. 
Humberto Tufolo Netto, diretor comercial da Montana Química S.A.