
Segundo o operário Brannio Santos, de 30 anos, a maior preocupação é a atual condição de trabalho oferecida à categoria. “A comida é péssima e algumas vezes vem estragada. O contra-cheque vem com descontos e eles não nos comunicam, alguns aparecem zerados”, disse ao G1.
De acordo com o servente do empreendimento Rogério Fogassa, os serviços de saúde oferecidos também são precários. “Sofri um acidente ao cortar um azulejo, um pedaço do material atingiu meu olho. Comuniquei o acidente à construtora, mas mandaram que eu procurasse um médico e ainda ameaçam de demissão diante da minha ausência”, afirmou.
O vice-presidente afastado do Sintracomec, Cícero Custódio, que também estava no manifesto, disse que, além das reivindicações, os trabalhadores pedem ainda o retorno da antiga diretoria, afastada pela Justiça, no último dia 2 de abril, por não prestar contas.
“Os trabalhadores estão revoltados. Eles dizem que as pessoas que estão à frente do Sindicato para cuidar dos interesses deles, são parentes de políticos que não conhecem a realidade do trabalhador. O juiz passou por cima de todos para colocar essas pessoas”, disse Custódio.
O atual diretor da junta governativa do Sintracomec, Ademir Venâncio, declarou que manifestações não são apoiadas pelo Sindicato e que o afastamento da diretoria foi uma questão Judicial. “Essa é uma forma de desespero. Eles têm que procurar o direito deles na Justiça”.