NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

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O número de brasileiros que temem perder o emprego aumentou. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 2 mil pessoas em todo o país detectou alta de 3,1% no Índice de Medo do Desemprego em março frente a dezembro, mês em que havia sido realizada a última sondagem trimestral sobre o tema.
Apesar da elevação em comparação com o fim do ano passado, o receio da perda da ocupação permanece em nível baixo em termos históricos. O Índice de Medo do Desemprego subiu para 81,7 pontos no terceiro mês do ano, ante os 79,3 pontos em dezembro, quando havia alcançado o menor patamar da série iniciada em 1996.
Em relação a março de 2010, o indicador está praticamente estável, com ligeira queda de 0,3%. O índice é elaborado em base cem, e quanto mais elevado, maior o temor das pessoas em perderem a ocupação.
Os dados da CNI mostram a que, para os trabalhadores, o mercado de trabalho formal continuará aquecido em 2011, mas não deverá repetir o desempenho recorde verificado em 2010. No ano passado, foram ofertadas 2,5 milhões de vagas com carteira assinada, já descontadas as demissões efetuadas no período.
Nos dois primeiros meses deste ano, as contratações líquidas somaram 448,7 mil, número inferior às 498 mil admissões ocorridas em igual período do ano passado.
O setor manufatureiro associa o menor otimismo dos trabalhadores à redução da atividade industrial desde dezembro do ano passado. Essa desaceleração, avalia a CNI, alimenta o receio dos trabalhadores quanto à estabilidade dos empregos.
A pesquisa, feita pela entidade da indústria entre os dias 20 e 23 de março, mostrou que o percentual dos entrevistados que afirmaram não estar com medo da dispensa alcançou 54% das respostas válidas, ante 56,7% no mês de dezembro.
O número de trabalhadores entrevistados que responderam estar com muito medo do desemprego atingiu 15,7% em março, ante 13,6% na pesquisa anterior. A proporção dos que disseram estar com pouco receio manteve-se praticamente estável, passando de 29,7% para 30,3%. Com periodicidade trimestral, a pesquisa possui abrangência nacional e é conduzida pelo Ibope.