A mensagem governamental que fixa o aumento de 10,32% no salário mínimo praticado no Estado chegou ontem na Assembleia Legislativa (AL) do Paraná e agora começa a tramitar nas comissões internas da Casa, antes de seguir para votação em plenário. Esse trâmite deve ocorrer antes de 1º de maio, Dia do Trabalhador, quando tradicionalmente o governador do Estado sanciona a lei.
Com o aumento, o mínimo regional passa a valer de R$ 781,88 a R$ 902,17, entre as cinco faixas divididas por grupo ocupacional. O aumento deve beneficiar aproximadamente 900 mil trabalhadores, tendo aumento real de 5,1%, além de 4,97% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Neste ano, o projeto de lei do mínimo regional já define percentual de aumento para 2013, de outros 5,1%, bastando para o ano que vem definir o percentual da inflação do período e um decreto do governador para homologar o mínimo.
Depois do anúncio do aumento, na semana passada, representantes dos setores comercial e industrial tentaram pedir uma revisão da proposta ao governador Beto Richa (PSDB). Em carta encaminhada ao Executivo, representantes de Faep, Fecomércio, ACP, Faciap, Fiep e Fetranspar chegam a pedir que o governador desconsiderasse o índice apresentado pelo secretário estadual do Trabalho, Luiz Cláudio Romanelli, e que ”os novos pisos sejam compostos à luz da situação econômica de cada setor, evitando desta forma o agravamento da falta de competitividade do Paraná em relação aos outros estados e a possibilidade de uma onda de desemprego”. Os empresários lembraram ainda de uma série de encargos trabalhistas que vem atrelado ao aumento do salário. Apesar dos argumentos da classe patronal, o governador manteve a proposta calculada por sua equipe de governo.
