O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco notificou nesta quinta-feira (15) a Zara por conta de sua loja no Shopping Center Receife, que há cerca de 15 dias está com o aparelho de ar condicionado quebrado. O MPT solicita que o problema seja solucionado em até 48 horas após o recebimento da notificação.
“O problema também acaba burlando a Resolução nº 9 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, que regulamenta as condições/qualidade do ar-condicionado em ambientes de uso coletivo e determina temperaturas entre 23º C e 26º C”, informou em nota o procurador do trabalho, Flávio Henrique Freitas Evangelista Gondim. O MPT emitiu notificação recomendatória à empresa.O MPT aponta que, de acordo com as denúncias, alguns funcionários do estoque estão trabalhando sem camisa para amenizar o desconforto, provocado pela temperatura no interior da loja, que chega aos 32° no turno da tarde.
O procurador recomenda ainda que, enquanto o problema não for resolvido, a varejista deverá “conceder aos funcionários maior número de pausas durante a jornada de trabalho, abrandar as metas de produtividade (vendas) a que estão submetidos os funcionários da empresa e assegurar imediata liberação do serviço aos funcionários que acusarem problemas de saúde ou mal-estar em razão do excesso de calor.”
O G1 procurou a Zara na tarde desta quinta-feira e aguarda resposta sobre o caso.
Em agosto, a Zara foi alvo de denúncias de utilização de mão de obra escrava em duas oficinas na capital paulista. Na ocasião, a Inditex informou à Reuters que o caso envolvia a “terceirização não autorizada” de oficinas de costura por parte de um fornecedor brasileiro.
A varejista espanhola de vestuário Zara afirmou que pagará indenização aos 15 bolivianosque trabalhavam em condições de escravidão em oficinas terceirizadas em São Paulo, mas que aguardará decisão do Ministério Público do Trabalho.