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Mais da metade das 2.300 pessoas que acompanharam a posse do governador Beto Richa, ontem pela manhã, no Palácio Iguaçu, eram autoridades. O que se viu foram prefeitos, vereadores, deputados estaduais, funcionários públicos, secretários da prefeitura de Curitiba. Nada de população com bandeiras, faixas ou manifestações acaloradas.

Aproximadamente 500 pessoas assistiram a posse por dois telões montados em frente ao Palácio. A população ficou atrás de uma grade que separava o espaço reservado para autoridades e familiares. A maioria foi transportada por ônibus de associações de moradores de alguns bairros da capital, como Parolin e Boqueirão, ou da prefeitura de Fazenda Rio Grande (aliada do novo governador), na região metropolitana.

No fim do discurso, o novo governador citou o nome da esposa Fernanda Richa e dos líderes comunitários que estavam na cerimônia. Ele comentou sobre a importância da primeira-dama, ex-presidente da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba, para aqueles bairros. “Vocês sabem a importância da Fernanda para a vida de vocês”, disse, enquanto era aplaudido.

O presidente da Associação de Moradores do Parolin, Edson Rodrigues, chamado pelo governador de “Edson do Parolin” disse que a comunidade foi agradecer e prestigiar o novo governador. “Todo mundo lá apoiou o Beto. Estamos em 150, todos vieram com o ônibus da própria associação”, afirmou. A auxiliar de enfermagem Jacira Mirades, que organizou a excursão de Fazenda Rio Grande, contou que foi a prefeitura quem concedeu o transporte. “Fazendo Rio Grande está com Beto Richa, estamos aqui para apoiá-lo”, afirmou.

No espaço reservado para população, alguns militantes apareceram sozinhos. Foi o caso do índio Caci Poré, da aldeia Kakané Porã, localizada em Curitiba. De acordo com o índio, ele estava ali para parabenizar o novo governador e lembrá-lo sobre os problemas da comunidade indígena do Paraná. Maria Neusa Rosa também foi sozinha. Proclamando-se fã do novo governador, ela disse que não faltaria a posse por nada.

De manhã, não foi difícil encontrar pessoas que nem sabiam o que estava acontecendo. “Eu pensei que fosse um show”, disse Fernanda Rocha, uma vendedora que caminhava na Praça Nossa Senhora do Salete, localizada em frente ao Palácio. O advogado Gilberto Carvalho Moura, que passeava com o cachorro, disse que sabia da posse, mas que não perderia tempo com a cerimônia. “Eu tenho mais o que fazer. E outra, posso assistir em casa, pela televisão”, afirmou.

Fonte: Gazeta do Povo