Simon Johnson e James Robinson, britânicos-americanos, e Daron Acemoglu, turco-americano, estudam como as instituições são formadas e afetam a prosperidade dos países
por Murilo da Silva
Nesta segunda-feira (14), o Prêmio Nobel de Economia foi anunciado em Estocolmo, na Suécia. Os três pesquisados laureados investigam os motivos das desigualdades entre as nações por meio das suas instituições e com base no histórico político-econômico. Os contemplados pelo estudo de “como as instituições são formadas e afetam a prosperidade”, são:
- Simon Johnson, britânico-americano, pesquisador do MIT (Massachusetts Institute of Technology);
- Daron Acemoglu, turco-americano, pesquisador do MIT (Massachusetts Institute of Technology);
- James Robinson, britânico-americano, pesquisador da Universidade de Chicago.
Apesar de não constar oficialmente no testamento do criador Alfred Nobel (1833-1896), as ciências econômicas começaram a ser contempladas com a premiação criada pelo Banco Central da Suécia (Sveriges Riksbank), em 1968, e que atende pelo nome de Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel.
Assim, a Real Academia Sueca de Ciências, responsável pelo Nobel, também cuida dessa premiação que atende aos mesmos critérios das outras demais, concedidas desde 1901.
Jakob Svensson, presidente do Comitê do Prêmio em Ciências Econômicas, disse que reduzir desigualdades é um dos maiores desafios atuais e que os premiados – que dividirão o prêmio de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5,8 milhões) – demonstraram a importância das instituições sociais para reduzir as grandes diferenças de renda, ao identificarem nas raízes históricas que formaram os países.
“Reduzir a vasta diferença de ganho entre os países é um dos grandes desafios de nosso tempo. Os premiados demonstraram a importância das instituições sociais para atingir tal objetivo”, afirmou Svensson.
Os vencedores Acemoglu e Robinson são autores de um livro que se tornou sensação na área chamado: “Por que as Nações Fracassam: As Origens da Prosperidade e da Pobreza”.
De acordo com o pesquisador turco-americano, durante coletiva sobre o Nobel, a pesquisa mostra que a democracia e o Estado de Direito têm sido enfraquecido em todo o mundo, sendo essencial a retomada da governança para atender a um maior número de pessoas.
Em 2023, o Nobel de ciências econômicas foi para Claudia Goldin, de Harvard, que pesquisa como a desigualdade atinge as mulheres no trabalho. Ela revelou as causas e mudanças históricas na desigualdade salarial de gênero no mercado de trabalho ao longo dos séculos. Antes dela somente outras duas mulheres receberam o prêmio: Esther Duflo (MIT), em 2019, com outros pesquisadores, e Elinor Ostrom (Universidade de Indiana), em 2009.
*Com informações de agências internacionais
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