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Setor norte paranaense deve experimentar acréscimo de 6% em 2011
O crescimento da construção civil do Norte do Paraná deve superar o do País neste ano. Em 2011, o setor norte paranaense deve experimentar acréscimo de 6% ante o ano passado, que foi positivo, registrando 11,5%. A estimativa para 2012 também fica nos 6%. A previsão é do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon). No Brasil, conforme previsão da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), a expansão neste ano será de 4,8%, já sobre uma base elevada de crescimento elevada de 11,6% em 2010. 

 

O presidente do Sinduscon, Gerson Guariente Júnior, credita o sucesso do setor ao crescimento de crédito sustentado, aumento do emprego e da massa salarial. ”O segmento do norte do Estado vem se destacando e, provavelmente, ficaremos acima da média nacional”, adiantou. Ele explicou que o crescimento foi maior em 2010 porque foi um ano de recuperação após a crise internacional de 2008. ”O setor reagiu porque viu que não houve grande interferência por aqui”, reiterou. 
 
De acordo com o presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, o cenário é positivo para o setor brasileiro, já que não há problemas com recursos, com regras ou projetos. ” afirmou, acrescentando que o nível do uso de recursos de poupança e FGTS já considerados positivos, este ano, deverão se repetir em 2012. ”Duvido que a gente cresça menos do que isso (4,8%) no ano que vem, mas para isso será preciso investir”, disse. 
Ele descartou a possibilidade de existência de qualquer bolha no setor e disse que a construção civil não sentirá os efeitos da crise porque é uma área tratada de forma diferente. Para Safady, o momento é de ”olhar para o umbigo” e tratar de incentivos que deem ainda mais ânimo ao mercado doméstico. Guariente Júnior também minimiza a possibilidade do setor sofrer com a crise. ”Não há indicativos de que possamos ser afetados porque já houve situação para isso e não teve reflexo”, disse. 
 
A única preocupação demonstrada por Safady é com relação ao início do programa Minha Casa, Minha Vida 2. Segundo ele, parcela de 80% do Minha Casa, Minha Vida 1 será entregue até abril. O temor do empresário é que exista um ”gap” entre o fim da primeira fase do projeto e o início da segunda etapa. 
 
O presidente do Sinduscon comunga da mesma ideia. ”Esperávamos que a segunda edição tivesse sido editada em meados de março para que os projetos fossem apresentados e as obras geradas sete ou oito meses depois, que seria agora, mas houve atraso e isso pode causar defasagem que, no entanto, não deve afetar o crescimento do setor”, afirmou.