NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

sede_propria_NCST_internaCom a presença de autoridades do movimento sindical e do Governo, a diretoria da NCST oficializou a nova sede da Entidade, localizada no Setor de Administração Federal de Brasília, nesta quarta-feira, 11 de agosto, em evento solene realizado no auditório Luiz Tenório de Lima.

Para o presidente da NCST, José Calixto Ramos, a nova sede representa a consolidação de um sonho antigo da entidade. “Isso representa a consolidação de um sonho que iniciamos há 5 anos passados, que muitos nem acreditavam e chegamos ao patamar que estamos hoje”, disse. A localização, próximo ao Congresso Nacional, ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a os Tribunais Superiores foi um dos pontos de destaque na solenidade. Situada no seio político de Brasília, no Setor de Administração Federal, a nova estrutura da entidade conta com oito salas de diretoria, 30 estações de trabalho técnico, sala de reunião da presidência, uma biblioteca, com acervo de 400 livros sobre movimento sindical e um auditório.

“Aqui vai ser um ponto de referência, vamos trabalhar aqui assuntos não só da Nova Central, vamos fazer reuniões com todas as organizações que desejarem. Estamos próximos ao Congresso Nacional, aos Tribunais Superiores. Não é que escolhemos esse local, ele surgiu e, quanto surgiu, resolvemos concretizar prontamente”, acrescentou o presidente José Calixto. Para o diretor de Comunicação Social, Sebastião Soares, a localização é privilegiada. “Essa nova sede representa uma plataforma de lutas e, inclusive a sua posição, próxima aos poderes onde a Central está permanentemente negociando interesses dos trabalhadores”, disse.

Os sindicalistas atribuem a conquista como um avanço não só para a entidade, mas para os todos os trabalhadores do Brasil. “Com essa iniciativa de ter a sua sede própria, a Nova Central traz uma confiança muito maior para os sindicatos da base, porque a Central nasceu de um conjunto de idéia que vem de encontro a todas as necessidades, todas as lutas que a base inicia, que defende a estrutura sindical como ela deve ser, unicidade sindical e todas as contribuições compulsórias e tudo o mais”, acredita o presidente da Federação dos Funcionários Públicos Municipais do Estado de São Paulo (Fupesp), Damázio Sena.

O Diretor Financeiro da Nova Central e presidente da CSPB, João Domingos dos Santos, relembrou as dificuldades enfrentadas para a construção da nova sede. “Particularmente, eu, como diretor de finanças, sei do esforço que foi construir essa sede, tivemos que enfrentar, inclusive, a falta de compreensão e de visão estratégica de companheiros do dia-a-dia, de setores de outras entidades, que não conseguiram entender a necessidade de, às vezes, sacrificar atividades meramente políticas, em função de construir a sede. Hoje, eu fiz questão de olhar no rosto de cada companheiro da nossa base e podemos responder que valeu a pena o sacrifício”.

Mas ele garante que os esforços valeram a pena. “Antes de tudo, me ocorre sempre, esse tempo todo, a gente preparando a inauguração, construindo, mobiliando, preparando a festa, e sempre uma palavra me vem à mente para traduzir esse momento: consolidação. As próximas gerações, os próximos governos, trabalhadores, sociedade que conviver nesse país terá a Central como permanente trincheira de luta dos trabalhadores. Nós diretores entendemos como uma enorme oportunidade”, disse.

INFLUÊNCIAS

No seu discurso de apresentação, o presidente da Nova Central, José Calixto ressaltou a importância da participação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nessa nova conquista. “Como eu disse no meu discurso de instalação da nova sede, evidente que quem nos ajudou muito, claro que não só a Nova Central, mas a todas as Centrais, foi o ministro do trabalho, que se empenhou muito num trabalho de reconhecimento oficial das Centrais Sindicais. Inclusive possibilitou também um tipo de recurso que nos deu a oportunidade de instalar uma sede própria na capital da República”, agradeceu.

Para a Secretária de Relações do Trabalho do MTE, Zilmara de Alencar, a oficialização foi o reconhecimento de uma atividade que já vinha sendo realizada em prol dos trabalhadores brasileiros. “O que houve foi um reconhecimento à bravura de todos esses sindicalistas, no sentido que, mesmo à margem de uma legalidade formal, já desempenhavam um papel tão importante para a sociedade, na luta pela defesa dos direitos dos trabalhadores, no fortalecimento de uma relação de trabalho digna, com responsabilidade social, com busca ao desenvolvimento. Essa nova sede representará um primeiro passo de um desafio que já foi conquistado, mas ainda tem muita coisa pela frente”.

O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, acrescentou que o reconhecimento foi uma reivindicação das Centrais, que, unidas, colocaram isso como proposta ao Governo, com suas diferentes entidades. “A Nova Central teve um papel importante nessa luta e o Governo atendeu a reivindicação. Não foi um favor, foi um reconhecimento. Se os partidos políticos recebem recursos públicos, se os empresários recebem, porque as centrais sindicais não podem?”, questionou o ministro.

Além disso, ele ressaltou a importância da nova sede. “É uma grande conquista que uma central tão importante tenha, na capital da República, uma sede tão ampla, bem estruturada, profissional, que vai permitir dar uma qualidade superior ao trabalho de representação dos assalariados de todas as regiões do país filiados à Nova Central. É uma glória para a democracia brasileira, porque o empresariado sempre teve sedes, mas a classe trabalhadora não tinha e agora está conquistando com seus próprios recursos, perseverança e dedicação”, concluiu.

COMEMORAÇÕES

A noite foi de alegria e festa para a Diretoria da Nova Central e os representantes das outras centrais sindicais, que, emocionados, destacaram as conquistas da entidade e parabenizaram os diretores pela nova estrutura.

O presidente da NCST no Mato Grosso do Sul, Rudney Carvalho, avalia que a Nova Central já nasceu diferente. “Acho que somos a única Central Sindical, em Brasília, que tem uma sede digna como esta. Sem dúvida, a diretoria está de parabéns em estar inaugurando essa nova sede, que vai trazer benefícios para todas as entidades filiadas, afinal agora temos estrutura aqui em Brasília, onde é o foco das discussões”.

Para o Secretário Geral da NCST, Moacyr Roberto, a mudança para uma sede própria significa a durabilidade da Nova Central. “Estamos ao lado do Ministério do Trabalho, do Governo, do Congresso Nacional, tudo no meio do poder. Não há local mais adequado para o trabalhador fazer suas reuniões, onde ele está diretamente envolvido e interessado. O momento é de grande alegria, felicidade, a diretoria da Nova Central está de parabéns, os trabalhadores também. Temos absolta certeza que essa sede vai servir de instrumento para que consigamos melhores trabalhos, melhores salários, maiores conquistas, não só para nossos filiados, mas para todos os trabalhadores”.

A diretora da NCST para assuntos de mulheres e juventude, Sônia Zerino, frisou a pouca participação da mulher no movimento sindical. “Essa nova localidade facilitada, inclusive, as lutas das mulheres porque ainda somos muito pouco representadas no ramo sindical. Apesar de sermos 51% da população do país e quase a metade da população economicamente ativa, ainda sofremos muitas discriminações. Mesmo com a maior escolaridade, ainda estamos muito timidamente representadas nas instâncias de poder e no ramo sindical, que ainda é composto, a maioria, pelos companheiros homens”, comentou.